Jovem depõe sobre noite em que jogador de futebol foi morto em Curitiba
Daniel, que jogava no São Bento, foi brutalmente assassinado em uma festa em outubro <br />
publicidade
Uma nova testemunha foi ouvida pela polícia de São José dos Pinhais, no Paraná, sobre o caso do assassinato do jogador Daniel Corrêa, de 24 anos. O atleta foi morto no final de outubro após ter participado da festa de aniversário de Allana Brittes, em Curitiba, cujo pai é um dos suspeitos.
A jovem ouvida desmentiu a aniversariante e afirmou que Daniel também havia sido convidado para ir na continuação da festa, na casa em que ele foi espancado. “Ele conhecia a Allana, tanto que foi ao aniversário dela um ano atrás. Depois da festa, os pais da Allana chamaram todos para irem na casa deles. Eles falaram: 'Pega um Uber e vão, que nós estamos indo'. Eu falei: 'Vai rolar mesmo, é firmeza?' Eles falaram: 'Vai!'. Então, fechou. Pegamos um Uber. O Daniel chegou no nosso carro e perguntou: 'Pra onde vocês estão indo?' Eu respondi: 'Para a casa da Allana.' Ele respondeu: 'Eu também vou'. O menino que estava no carro com a gente falou que não tinha lugar no carro. Um menino falou: 'Tem um outro Uber.' E ele foi. Com quem ele foi? Comigo, um menino e outra menina.”
A testemunha também afirmou que Daniel ainda estava vivo quando foi levado no porta-malas do carro. Ele foi agredido por Edison após ser flagrado com a esposa do empresário, Cristiana Brittes. “O Daniel estava vivo quando saiu da casa. Como você sabe? Por que pelo que a gente viu ele ainda estava respirando. Tanto é que os meninos falaram: para de bater nele. Ele já está morto. Daí a gente olhou e viu que ele estava respirando.”
Daniel foi encontrado morto com a cabeça parcialmente cortada e a genitália arrancada, em uma estrada rural em São José dos Pinhais. A Polícia Civil do Paraná prendeu na última quinta-feira Edison Brittes, suspeito que confessou autoria do crime. A mulher Cristina e a filha Allana também estão detidas. Pelo menos outros três envolvidos, que participaram das agressões a Daniel, ainda são procurados.
Existe um monstro nessa história que não é o Daniel, diz ex-namorada
Ex-namorada de Daniel Corrêa, uma mulher identificada apenas como Bruna falou pela primeira vez sobre o assassinato do jogador. Em entrevista ao Cidade Alerta, da RecordTV, Bruna afirmou que o atleta não tinha qualquer característica ruim.
“Tenho a certeza de que existe um monstro nessa história, que com certeza não é ele. Minha filha vai saber quem foi o pai dele. Não adianta alguém tentar montar agora uma história descabida como ele”, disse Bruna, que é mãe de uma menina de 2 anos, fruto do seu curto relacionamento com o jogador.
“Por favor, tentem pelo menos conhecer um pouco do Daniel de verdade. Não acreditem nesse monte de histórias criadas, forjadas. O maior medo que tenho agora é de a minha filha pensar que um dia o pai dela armou tudo isso”, completou a jovem.