Juíza registra reclamações de presos da Cadeia Pública de Porto Alegre

Juíza registra reclamações de presos da Cadeia Pública de Porto Alegre

Magistrada da Vara de Execuções Penais realizou inspeção no local, nesta quarta-feira

Franceli Stefani

Chuva que caiu em Porto Alegre na terça-feira inviabilizou a inspeção na Cadeia Pública

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A juíza da Vara de Execuções Criminais (VEC), Sonáli da Cruz Zluhan, realizou mais uma inspeção de rotina na tarde desta quarta-feira, na Cadeia Pública de Porto Alegre. De acordo com ela, é dever de ofício fazer a fiscalização. Segundo a magistrada, a reclamação dos detidos nos Centros de Triagem (CTs) 1 e 2 é a mesma: “Eles dizem que não têm material de higiene, a comida é estragada, azeda, não conseguem ter contato com a família e estão com a roupa do corpo desde que foram presos”, expressou.

Sonáli contou que há pessoas nos centros há três meses. “A incumbência de resolver essa situação é do Executivo, porém as prisões continuam e a falta de vagas persiste”, disse. Conforme o diretor da Cadeia Pública de Porto Alegre, tenente-coronel Marcelo Gayer Barboza, o CT 1 está com 96 detentos, tendo capacidade para 93 e, o 2, abriga 111, com espaço para 112. “Todas as unidades têm oito por cela.”
A vistoria estava programada para a terça-feira, contudo não foi realizada devido a chuva. As galerias ficaram alagadas e a energia elétrica precisou ser desligada para evitar riscos. Vídeos foram divulgados pela própria juíza para mostrar a situação interna. Além disso, imagens com ratos no interior da cadeia também foram mostradas.

O diretor explicou que foram 45 minutos de chuva intensa e o sistema pluvial de todo o entorno recebeu uma grande vazão de água. “Com essa enxurrada inundou os dutos, tanto que os ratos surgiram de lá. Temos sistemas de repelentes e estamos pedindo para repetir todo o procedimento feito na semana passada”, destacou.

Nesta quarta-feira, os presos conversaram com os visitantes. “Uma das queixas é que aqueles que estão no CT não têm direito a visita, porém, damos toda a assistência necessária – médica, alimentação acompanhada por nutricionista, celas com kit de higiene e banheiro”, relatou.

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