Juiz destaca "frieza" de adolescente suspeita de matar a mãe com a ajuda do namorado

Juiz destaca "frieza" de adolescente suspeita de matar a mãe com a ajuda do namorado

Menina, de 12 anos, está recolhida no Casef, em Porto Alegre, e o namorado, no Case de Pelotas

Correio do Povo

publicidade

A adolescente de 12 anos suspeita de matar e esconder o cadáver de sua mãe, com ajuda do namorado de 16 anos, na cidade de Pinheiro Machado, já está recolhida no Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Casef) de Porto Alegre. A ordem de internação provisória foi determinada pelo juiz Thiago Dias da Cunha, em atendimento ao pedido do Ministério Público do Estado. Já o namorado da menina foi levado ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Pelotas. O juiz destacou ainda a "frieza" dos adolescentes, citando como exemplos o plano de ocultação do corpo e o objeto usado no crime. Formalmente, atos infracionais análogos a homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e dificuldade de defesa) resultam entre 12 e 30 anos de reclusão, enquanto a ocultação de cadáver em pena de um a três anos de reclusão, além de multa.

Em depoimento à Polícia Civil e ao Ministério Público, os jovens confessaram o crime embora com detalhes diferentes. Eles afirmaram que a menina sofria com os maus-tratos da mãe, que também não aceitava o namoro. No despacho, o magistrado considerou que os requisitos necessários da internação provisória estão presentes no caso, em que existe "prova de materialidade delitiva, bem como indícios suficientes sobre a autoria".

O crime ocorreu no final da tarde de 28 de junho. O corpo da mãe foi localizado no dia seguinte, enterrado em uma cova improvisada no fundo do quintal da residência onde moravam, no dia seguinte à morte. "No depoimento do rapaz, ele conta que a mãe dela era contra o namoro e tentou agredi-lo com um facão. Ele disse que se defendeu e que a namorada apareceu com um martelo e que eles golpearam a cabeça da mãe no calor da emoção", relatou na ocasião o delegado Luís Eduardo Benites. Uma perícia realizada apurou indícios de crime planejado. A vítima pode ter sido morta na própria cama enquanto dormia.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895