Julgamento sobre caso de neonazistas é suspenso em Porto Alegre

Julgamento sobre caso de neonazistas é suspenso em Porto Alegre

Sessão será retomada nesta quarta-feira

Correio do Povo

Julgamento sobre caso de neonazistas é suspenso em Porto Alegre

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O julgamento de três dos 14 skinheads, acusados de tentar matar três jovens judeus em 2005, foi suspenso na noite desta terça-feira. O júri foi dispensado por volta das 20h30min e será retomado na manhã desta quarta-feira na 2ª Vara do Júri do Foro Central em Porto Alegre. Os jurados ficarão em um hotel incomunicáveis.

O ataque contra os jovens judeus ocorreu em 8 de maio no bairro Cidade Baixa. Os skinheads estavam em um bar na esquina das ruas Lima e Silva e da República. Eles avistaram os três jovens na calçada e os reconheceram como judeus porque usavam o quipá (pequeno chapéu em formato circular, usado pelos judeus) e partiram para as agressões.

As vítimas foram espancadas e atingidas por golpes de facas e canivetes. Os três réus, que estavam em liberdade, foram denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe em razão do antissemitismo e racismo.

A sessão é presidida pela juíza Cristiane Busatto Zardo, que considerou complexo o processo que tem mais de 16 volumes. “É um júri historicamente importante. Esse processo já demorou 13 anos e temos a necessidade de dar uma resposta, seja qual for ela, o quanto antes”, observou.

Por coincidência, o julgamento começou no Yom Kipur, uma das datas mais sagradas e celebradas pela comunidade judaica. “Perdão e justiça são muitos parecidos em determinados momentos. É mais um sinal de que é possível que se faça justiça depois de tantos anos”, afirmou o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, Zalmir Chwartzmann, que esteve presente no início da sessão.

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