Justiça condena réus que mandaram primos cavarem a própria cova em Gravataí

Justiça condena réus que mandaram primos cavarem a própria cova em Gravataí

Um deles foi sentenciado a 47 anos e o outro recebeu pena de 45 anos e 6 meses por executarem as vítimas a tiros e queimarem os corpos dentro da sepultura

Correio do Povo

Crime ocorreu em 26 de agosto de 2017, sendo gravado e postado nas redes sociais

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Acolhendo a tese do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Gravataí, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri considerou culpados os dois réus que obrigaram dois primos a cavarem a própria cova antes de serem executados em Gravataí. O crime ocorreu em 26 de agosto de 2017 no loteamento Xará, próximo à parada 103 da ERS 030, e ganhou repercussão internacional pela crueldade com que foi executado e por ter sido filmado e postado nas redes sociais.

Um dos réus foi sentenciado a 47 anos e o outro foi condenado a 45 anos e 6 meses. As penas foram fixadas pela juíza de Direito Valéria Eugênia Neves Wilhelm. O julgamento teve na acusação a promotora de Justiça Aline Baldissera.

Eles foram responsabilizados pelos crimes de duplo homicídio duplamente qualificado, dupla ocultação de cadáver e corrupção de menor. O crime teve a participação de outras duas pessoas. Um deles é menor de idade e já foi considerado culpado. O outro será julgado separadamente.

Conforme o MPRS, os primos Vagner da Rosa da Rosa, de 17 anos, e Vitor Mateus da Rosa, de 22 anos, foram retirados de casa, levados para um matagal e obrigados a cavarem a própria cova. Em seguida, as vítimas foram executadas a tiros antes de terem seus corpos queimados e enterrados. A ação foi toda filmada e publicada nas redes sociais.

Conforme a investigação da Polícia Civil, os envolvidos gravaram a execução para "aparecerem na televisão" e para "ficar bonito". Nas filmagens, ostentam a morte, cantam músicas de apologia a facções criminosas e riem das vítimas subjugadas.


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