Mãe e padrasto são presos pela Polícia Civil em Cidreira após morte de menino de dois anos

Mãe e padrasto são presos pela Polícia Civil em Cidreira após morte de menino de dois anos

Com múltiplas lesões pelo corpo, criança foi levada ao posto de saúde, onde foi constatado o óbito após tentativa fracassada de reanimação

Correio do Povo

Delegado Rodrigo Nunes confirmou que criança foi vítima de morte violenta

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A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira a mãe e o padrasto do menino Anthony Chagas de Oliveira, de dois anos, por suspeita de matarem a criança, no Litoral Norte. O garoto, com múltiplas lesões pelo corpo, foi levado ao anoitecer da última sexta-feira ao Posto de Saúde 24 Horas, de Cidreira, onde foi constatado o óbito após tentativa fracassada de reanimação.

“Preliminarmente, apurou-se que a criança foi vítima de morte violenta, e não morte natural. Foram encontradas múltiplas equimoses nos mais variados estágios o que pode demonstrar que a criança já vinha sofrendo agressões há algum tempo, além de fraturas em ambos os braços, lesões em órgãos internos, como estômago, baço, e região pleural”, informou o titular da DP de Cidreira, delegado Rodrigo Nunes, em um comunicado. “Várias perícias foram solicitadas para completa elucidação do caso e estão em elaboração por parte do Instituto-Geral de Perícias (IGP)”, acrescentou.

“As diligências realizadas até o momento pela Polícia infirmam e contradizem as versões apresentadas pelos suspeitos, os quais deverão ser novamente interrogados no curso das investigações”, observou o delegado Rodrigo Nunes. “Tratando-se de prisão temporária, os presos ficarão à disposição da Justiça pelo prazo de 30 dias, enquanto a investigação prosseguirá com vistas a elucidar todas as circunstâncias deste crime, bem como a eventual responsabilidade de todos que porventura possam ter sido coniventes”, enfatizou.

A criança foi descrita por uma familiar como “uma criança super calma, que não costumava chorar ou fazer bagunça”. “Era aquela criança que quase não se ouvia a voz dele”, disse ela, preferindo não se identificar à reportagem do Correio do Povo. “Não tem justificativa o que foi feito com ele. Temos aquele sentimento de justiça. Estamos atrás do que houve, e queremos que os responsáveis sejam punidos”, disse a familiar. “O pai do namorado dela apenas dizia que Anthony havia passado mal e justificava os hematomas a tombos de brincadeiras”, lembrou.   


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