Polícia

Mala que mobilizou ação antibomba em Porto Alegre foi esquecida por homem: "surpreendido pelo Bope"

Bagagem estava em ponto de ônibus no bairro Passo d’Areia

Operação antibomba no bairro Passo d’Areia, na zona Norte de Porto Alegre
Operação antibomba no bairro Passo d’Areia, na zona Norte de Porto Alegre Foto : Marcel Horowitz / Especial CP

Estava vazia a mala que mobilizou uma ação antibomba nesta terça-feira em Porto Alegre. O item foi deixado no entorno do Cemitério Municipal São João, no bairro Passo d’Areia, na zona Norte, gerando medo na vizinhança. Um morador disse que havia esquecido o objeto ali e garantiu que não quis causar transtornos.

Por volta das 9h15min, a Brigada Militar recebeu uma denúncia anônima envolvendo um artefato suspeito na rua Marechal José Inácio da Silva, perto da esquina com a rua Veranópolis. Ali, uma mala preta havia sido abandonada em uma parada de ônibus.

A ocorrência mobilizou 11º BPM, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Durante a ação, vias adjacentes foram bloqueadas, o que provocou desvios na rota do trânsito.

O trabalho policial chegou ao fim pelas 10h50min, quando foi constatado que não havia bomba nem qualquer espécie de risco na situação. A Polícia Civil apreendeu a mala.

A reportagem conversou com Gustav Stephan Grätsch Bukiewicz, de 33 anos, que disse ter encontrado a mala nessa segunda-feira, enquanto fazia um ritual religioso no Cemitério São João. Ele mora próximo do local e pretendia levar a bagagem para casa, o que acabou esquecendo de fazer.

"Deixei a mala em frente ao cemitério, com intenção de buscar depois, mas esqueci. Acredito que alguém a tirou de lá e colocou na parada de ônibus. Nesta manhã, fui surpreendido com o Bope em plena rua", afirmou.

Na opinião de Gustav, uma vizinha dele teria feito a denúncia sobre a tal ameaça de bomba. “Tenho certeza que foi ela. É uma senhora que não tem o que fazer e, por isso, gosta de chamar atenção. Ela ficou observando tudo da janela. Deve ter adorado o tumulto.”

Questionado sobre o motivo de ter retirado a mala do cemitério, justificou que o produto, além de estar sem dono, tinha confecção de boa qualidade. “Era uma mala de fibra, bem durinha. Estas são de um tipo bom”, disse.