"Minha filha ficou de frente com o atirador", diz pai de sobrevivente

"Minha filha ficou de frente com o atirador", diz pai de sobrevivente

Rogerio Reis relatou que recebeu ligação desesperadora de adolescente que escapou dos tiros

R7

Escola em Suzano foi palco de massacre nesta quarta-feira

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Relatos de desespero após o tiroteio ocorrido na escola Raul Brasil, em Suzano, começam a aparecer. O mediador da comarca da cidade, Rogerio Reis, contou que por volta das 9h30min recebeu uma ligação. Do outro lado da linha, estava a filha dele, Letícia Reis, de 15 anos, que pediu socorro ao pai. "Minha filha ficou de frente com o atirador", disse antes de explicar que a adolescente ficou frente a frente com um homem de preto que usava uma máscara de caveira.

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Letícia é uma das sobreviventes do tiroteio. Alguns de seus colegas e duas coordenadoras, no entanto, não tiveram tanta sorte e morreram no massacre. Os atiradores ingressaram na instituição armados e encapuzados e feriram ao menos 10 pessoas, que receberam atendimento e agora estão hospitalizadas.  

Rogerio Reis disse que na ligação com a filha pediu a ela que se escondesse no banheiro. Foi o que ela fez assim que ouviu o primeiro disparo, segundo o pai. Enquanto Letícia fugia dos atiradores, Rogerio pegou seu carro e seguiu em direção à escola. "Vim cortando na contramão até chegar. Ela começou a estudar aqui nessa segunda-feira. Cheguei na escola em 20 minutos", disse o mediador da comarca de Suzano. 


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