Ministério da Justiça prorroga suspensão de banho de sol de detentos em penitenciárias federais

Ministério da Justiça prorroga suspensão de banho de sol de detentos em penitenciárias federais

Unidade segue em "nível 2" de segurança; texto também limita acesso às dependências, incluindo as áreas de inclusão

R7

Medida foi tomada após fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte

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A direção do Sistema Penitenciário Federal prorrogou até 21 de fevereiro a medida que suspende as visitas sociais e os banhos de sol dos presos em presídios federais. A portaria foi publicada nessa sexta-feira (16). O texto, editado na quarta-feira (14) limita o acesso às dependências prisionais, incluindo as áreas de inclusão.

A medida foi tomada depois que dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, conseguiram escapar na madrugada da última quarta-feira (14). Eles se tornaram os primeiros detentos da história a fugir de uma prisão de segurança máxima do sistema prisional federal. Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça, suspeitos de terem ligações com a facção criminosa CV (Comando Vermelho), no Acre, ainda estavam foragidos até o início da tarde desta sexta-feira.

Na quinta (15), o Ministério da Justiça e Segurança Pública nomeou o atual coordenador-geral de Classificação e Movimentação de Presos, Carlos Luis Vieira Pires, como o interventor na unidade de segurança máxima.

Como justificava para a ação, o governo cita "a necessidade de esclarecimento dos fatos" que resultaram na fuga e adoação de procedimentos internos. Na prática, a unidade segue funcionando em "nível 2" de segurança.

Quais outras ações o governo federal já tomou?

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandoswski, que não completou ainda um mês à frente da pasta, enfrenta a sua primeira crise no novo cargo.

Sobre a fuga da dupla de detentos, o ministro determinou o afastamento da direção da Penitenciária Federal de Mossoró e nomeou um interventor para o posto (o nome foi mantido em sigilo por motivos de segurança). A pasta pediu também pela revisão dos protocolos de segurança de todo sistema prisional federal.

O governo acionou a Polícia Federal e pediu ao órgão a inserção dos nomes de Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e no Sistema de Proteção de Fronteiras para que os foragidos sejam procurados pela polícia internacional. De acordo com o governo federal, mais de 100 agentes estão envolvidos nas buscas pelos foragidos.

De acordo com a portaria do MJSP, também estão suspensas atividades educacionais, religiosas e laborais. A única exceção da portaria é para os atendimentos emergenciais de saúde realizados nas unidades.

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