Ministério Público deflagra operação contra integrantes de torcidas organizadas do Inter

Ministério Público deflagra operação contra integrantes de torcidas organizadas do Inter

Alvos da ação envolveram-se em uma briga generalizada após jogo em dezembro no Beira-Rio

Correio do Povo

Ação do MP tem apoio da Brigada Militar através do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BChq) que auxiliaram inclusive na identificação dos participantes do conflito

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Por meio da Promotoria de Justiça do Torcedor e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpre na manhã desta sexta-feira 16 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão de integrantes de torcidas organizadas do Inter. Esses torcedores entraram em confronto após partida realizada no dia 08 de dezembro passado no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. A operação tem apoio da Brigada Militar e ocorre em Porto Alegre e região Metropolitana. Os pedidos de prisão, atendidos pelo Juizado do Torcedor de Porto Alegre, foram embasados a partir dos elementos investigativos de envolvimento dos torcedores em crimes de lesões corporais, tumulto, dano e associação criminosa.

O confronto entre integrantes das torcidas organizadas ocorreu após o término da partida do Inter contra o Atlético-MG, válida pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2019. O conflito aconteceu nas dependências do Beira-Rio e também nas proximidades da avenida Padre Cacique, onde havia uma grande circulação de pessoas. De acordo com o Ministério Público, o confronto foi divulgado pela imprensa e pelas redes sociais na época dos fatos, “impressionando a todos pela violência das agressões”.

Conforme o promotor de Justiça com atuação na Promotoria de Justiça Especializada do Torcedor, Rodrigo da Silva Brandalise, os fatos apontam a intenção de demonstração de maior predominância de uma parcela da torcida organizada sobre as outras, inclusive como foi verificado em postagem em redes sociais que foram encaminhadas ao Ministério Público. Além disso, segundo ele, as imagens que acompanham os pedidos feitos mostram que inúmeras pessoas alheias ao evento viram-se expostas aos riscos de serem atingidas e que houve inclusive atos de violência contra integrante da imprensa que cobria os fatos. O Ministério Público apontou ainda que os elementos coletados também apresentam o risco de envolvimento destes torcedores em outros fatos semelhantes, sejam confrontos entre si ou com outras torcidas durante os campeonatos previstos para o ano de 2020.


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