Ministério Público denuncia homem por estupro vulnerável em supermercado

O homem de 62 anos que foi preso ao ser flagrado abusando de menina, em um supermercado em Porto Alegre, foi denunciado pelo Ministério Público no final da tarde desta quinta-feira. A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude o acusa de estupro vulnerável. A denúncia, assinada pelo promotor Júlio Almeida, já foi encaminhada à Vara Criminal do Foro Central da Comarca da Capital. Ele cumpre prisão provisória na Cadeia Pública de Porto Alegre, antigo Presídio Central.

No documento, o promotor ressaltou o cometimento de dois crimes ocorridos no dia 23 de setembro, às 20h09min nas dependências do supermercado: o homem praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal duas vezes com a vítima. A criança estava no local, acompanhada da mãe e da avó materna, mas se afastou alguns metros para brincar em outro corredor. Neste momento, o denunciado aproximou-se dela após verificar três vezes de que não havia ninguém visualizando.

A denúncia possui os links com as imagens das câmeras de segurança que mostram o trajeto feito pelo acusado dentro do supermercado. Em pelo menos dois registros, mostra o homem se aproximando de meninas da mesma faixa etária da vítima, mas desiste quando percebe que há responsáveis por perto. Todas as imagens foram solicitadas pelo Ministério Público e estão anexadas no processo.

Segundo Almeida, a denúncia do duplo estupro de vulnerável mostra as imagens captadas pelo setor de segurança do supermercado determinam o cometimento de dois crimes da mesma natureza. “Existiram dois momentos, em que pese imediatamente subsequentes, de agressão à criança e, mais do que isso, as imagens demonstram que antes de ocorrer o fato, o acusado já tinha se aproximado de outras duas meninas, mas se afastou quando percebeu a presença das mães ou responsáveis bem próximos", disse.

"As imagens também mostram que, durante o período onde ele pode ser visualizado, em nenhum momento o homem porta cesta ou empurra carrinho do supermercado. É possível concluir que o objetivo dele ali era verificar crianças que, de alguma maneira, estivessem longe de pais ou responsáveis”, explicou o promotor.