Motim em penitenciária é controlado em Uruguaiana

Motim em penitenciária é controlado em Uruguaiana

Houve confronto e agentes chegaram a ser recebidos com água quente

André Malinoski

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O motim com fogo ocorrido na Penitenciária Modulada de Uruguaiana, localizada na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, deixou alguns feridos. Dois presos foram acertados por bala antimotim da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), após os agentes serem recebidos com água quente e materiais que colocavam fogo. Além disso, um servidor penitenciário e outros três detentos receberam atendimento médico depois de inalarem fumaça. A situação foi controlada no começo da madrugada.

O motim nos seis módulos foi promovido pelos presos do regime fechado, por volta das 20h de sexta-feira. Inconformados com a limitação imposta para o horário das visitas, os detentos atearam fogo em colchões e roupas, segundo a Brigada Militar. A determinação impede que os familiares levem donativos para os presos. As chamas, que podiam ser vistas do lado de fora do local, foram controladas pelo Corpo de Bombeiros. A tensão foi resolvida ainda com o trabalho em equipe do 1º Batalhão de Área de Fronteira, do 6º Batalhão da Polícia de Choque e da própria Susepe.

Conforme o presidente da Amapergs (sindicato que representa os agentes penitenciários), Saulo Basso, que foi com uma comitiva até a penitenciária para acompanhar os acontecimentos, a categoria está em estado de greve desde o último dia 11. Os trabalhadores reivindicam a reposição salarial igual a que for concedida à Brigada Militar, aos Bombeiros, ao IGP e à Polícia Civil. Para o dia 26 de janeiro, está prevista uma paralisação de 72 horas. A limitação imposta para o horário das visitas começaria neste domingo.


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