MP investiga improbidade administrativa e fraudes em secretarias da cidade de Chuí

Uma operação do Ministério Público, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), investiga nesta quinta-feira atos de improbidade administrativa, crimes de associação criminosa e fraudes em licitações no município do Chuí, na Zona Sul do Rio Grande do Sul. O prejuízo estimado é superior a R$ 70 mil. 

Quatro mandados de prisão temporária devem ser cumpridos contra ex-gestores das secretarias de Esportes e Administração e Fazenda da cidade. O ex-chefe da Tesouraria da prefeitura também está na lista dos investigados, que teriam cometido ainda ordenação de despesa não autorizada e corrupção passiva.

Conforme o Ministério Público, o grupo teria fraudado documentos para justificar a aquisição de troféus e medalhas que serviriam para eventos promovidos pela Secretaria Municipal de Esportes. Há ainda a suspeita de emissão de notas fiscais fraudulentas, adulteração de destinatários de cheques, fazendo constar os nomes dos investigados ou de terceiros como beneficiários. 

Os investigadores relataram que a adulteração dos cheques ocorria por meio do preenchimento do beneficiário a lápis, no caso a empresa que “fornecia” o material ou serviço. Depois de fotocopiado pela prefeitura, o documento era alterado e preenchido a caneta para o nome de um dos réus ou de outra pessoa que também fazia parte do esquema e apresentado ao banco para saque.