MP recomenda que idoso com Alzheimer preso em Gravataí preste serviço comunitário

O Ministério Público recomendou que o idoso de 65 anos que foi preso, no fim do mês passado, em Gravataí, após entrar por engano no gabinete de uma delegada, preste serviços comunitários. O advogado reclamou do encaminhamento dado ao caso pelo MP - que denunciou o idoso por desacato e resistência a prisão. Para Rodrigo Cabral, a sugestão de transação penal deve ser rechaçada e o caso contra o idoso arquivado.

“Além de ser alvo de uma interdição, ele é inimputável. A proposta do Ministério Público de que o idoso preste serviços comunitários é inviável e deve ser revista. Até onde sei, agora a juíza pediu uma perícia médica para constatar que o meu cliente sofre de diversos problemas de saúde, o que inviabiliza tal pena”, declarou.

O idoso chegou a ficar detido por 12 horas no Presídio Central e a repercussão do caso cresceu, já que ele é surdo, autista e sofre do Mal de Alzheimer. A delegada envolvida na situação declarou que o idoso entrou na sala dela xingando e bagredindo. Ela relata ainda que, com a ajuda de colegas, conteve os braços do homem e, em seguida, pediu a prisão dele.