MPF vistoria Presídio Central e vê situação “degradante” e “sub-humana”

MPF vistoria Presídio Central e vê situação “degradante” e “sub-humana”

Órgão abriu inquérito para apurar a não aplicação de recursos federais repassados à prisão

Ananda Muller / Rádio Guaíba

Procurador Fabiano de Moraes apontou situação degradante

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O procurador da República Fabiano de Moraes, titular da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão no Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, classificou a situação do Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) como “degradante e sub-humana”. A visita realizada nesta quinta-feira é decorrente de um inquérito aberto pela Procuradoria para apurar a não aplicação de recursos federais repassados à prisão. A verba, encaminhada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), é destinada a obras no sistema carcerário.

Três promotores participaram da visita, acompanhados de profissionais da casa prisional. Conforme Moraes, a situação é de superlotação, já que há quase 5 mil pessoas confinadas em um espaço para pouco mais de 2 mil. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos já aplicou medida contra o Brasil por violação ao direito dos detentos no local.

O procurador ainda relatou que, com a superlotação, os gestores perdem controle sobre determinados pavilhões, dominados por facções criminosas. Ele também destacou que condenados dividem celas e galerias com os presos provisórios, contrariando a lei. Conforme o MPF, só a diminuição da população carcerária pode modificar essa realidade.

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