Mulher acusada de incinerar o marido é absolvida em Camaquã

Mulher acusada de incinerar o marido é absolvida em Camaquã

Advogados da ré defenderam a absolvição, argumentando que ela era vítima de violência doméstica e que agiu em legítima defesa

Correio do Povo

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A mulher acusada de sedar e incinerar o marido, Erni Pereira da Cunha, dentro de uma fornalha, em Dom Feliciano, foi absolvida nesta quarta-feira pelo Tribunal do Júri da Comarca de Camaquã. O julgamento foi presidido pelo Juiz de Direito Daniel de Souza Fleury e terminou na noite de ontem.

Presa preventivamente, a mulher respondeu pela prática dos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Após a sentença, o juiz  expediu o alvará de soltura. Os advogados da ré defenderam a absolvição, argumentando que ela era vítima de violência doméstica e que agiu em legítima defesa da própria vida e de seus filhos. Em plenário, foram ouvidas três testemunhas de acusação e três de defesa.

O crime aconteceu em 15 de fevereiro do ano passado, na localidade de Colônia Nova, no interior de Dom Feliciano, onde o casal morava. De acordo com o Ministério Público, a mulher diluiu dois comprimidos do medicamento Diazepam no suco de laranja. Desacordado, o homem foi colocado dentro da fornalha que fica na estufa de fumo da família. O corpo ficou queimando no local durante três dias.


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