Mulher morta no Passo das Pedras era testemunha de outra execução no mesmo bairro de Porto Alegre

Mulher morta no Passo das Pedras era testemunha de outra execução no mesmo bairro de Porto Alegre

Virlene Aparecida, executada com tiros no rosto na rua Amaranto Pereira, havia sobrevivido a ataque na rua Comandante Caleffi

Marcel Horowitz
Mulher morta no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre, havia testemunhado execução no final de maio

Mulher morta no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre, havia testemunhado execução no final de maio

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A mulher executada na última sexta-feira no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre, havia testemunhado outro homicídio, na mesma localidade da zona Norte, no final de maio. Além disso, ela também tinha sido presa no início deste mês. A vítima foi identificada como Virlene Aparecida, 42 anos.

Quando morreu, a mulher foi atingida por três disparos no rosto enquanto estava na rua Amaranto Pereira, por volta das 13h. O atirador fugiu em uma motocicleta, e não havia sido capturado até o momento desta investigação.

A vítima tinha antecedentes por roubo, tráfico de entorpecentes e furto de celulares, entre outros delitos. Ela havia sido detida pela última vez, novamente por tráfico, no dia 5 de junho.

A mulher foi morta pouco mais de duas semanas após testemunhar outro homicídio, ocorrido também no bairro Passo das Pedras, na noite de 31 de maio. Na data, próximo às 20h15min, dois homens armados e que se identificaram como policiais invadiram uma casa na rua Comandante Caleffi.

Antes de fugir, a dupla executou o morador com diversos tiros de pistola calibre 9 milímetros. Ele foi identificado como Ederson Junior do Santos, 28 anos, que tinha passagens por tráfico de drogas.

Na ocasião, segundo autoridades policiais, Virlene Aparecida também estava no imóvel, mas conseguiu se esconder em um dos cômodos e, ilesa, sobreviveu. Ela chegou a prestar depoimento à Polícia Civil, mas não conseguiu identificar os participantes do atentado.

Os assassinatos dela e do homem são alvo de investigação do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A suspeita é que os dois casos tenham relação com uma disputa por pontos de tráfico que ocorre no bairro Passo das Pedras desde meados de abril.


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