Mulher será julgada em Santa Cruz do Sul por aplicar silicone industrial que causou a morte de jovem
Ré será julgada por homicídio com dolo eventual de uma jovem de 20 anos, ocorrido em agosto de 2020
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Uma mulher de 40 anos vai a júri na próxima quinta-feira, dia 8, em Santa Cruz do Sul, para responder pelo crime de homicídio com dolo eventual de uma jovem de 20 anos. O crime ocorreu há cerca de quatro anos, quando a acusada teria aplicado uma injeção de silicone industrial em Mélani Danielly Aguiar Maia que, quatro dias depois, morreu em um hospital da cidade do Vale do Rio Pardo.
Segunda o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), que ofereceu denúncia à Justiça, a causa da morte foi “síndrome séptica secundária a injeção de silicone industrial”. A aplicação teria ocorrido de forma clandestina, em local impróprio, em uma pensão em que a vítima passava alguns dias. Além disso, a injeção foi aplicada pela ré que não tinha a devida formação técnica na área de medicina.
O entendimento do MPRS é de que a ré assumiu o risco de matar a jovem. O promotor de Justiça Gustavo Burgos de Oliveira fará a acusação em plenário. “Nós pretendemos a condenação da acusada como medida repressiva e também preventiva para alertar a comunidade de que este produto é extremamente nocivo à saúde humana. A aplicação é destinada para a limpeza de carros, peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outros”, ressalta o promotor.
A aplicação do silicone industrial foi realizada em no dia 27 de agosto de 2020, nas nádegas e no quadril da vítima que, algumas horas após o procedimento, passou mal e teve de ser encaminhada para o Hospital Santa Cruz. A morte ocorreu no dia 31 de agosto. A ré responde ao processo em liberdade.