Operação contra comércio ilegal apreende 1,5 tonelada de mercadorias no Centro de Porto Alegre

Cerca de 1,5 tonelada de mercadorias ilícitas, avaliadas em torno de R$ 300 mil, foi apreendida na operação Calçada Livre, deflagrada na manhã desta sexta-feira no Centro Histórico de Porto Alegre. Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em imóveis localizados em um prédio na rua General Vitorino.

Os três locais serviam de depósito para produtos contrabandeados e pirateados, sem procedência, além de abastecerem os ambulantes em via pública. Abordagens nas ruas da área central da cidade também foram realizadas.

Roupas, acessórios, carregadores de telefone, fones de ouvido, óculos sol e grau, relógios, equipamentos eletrônicos, entre outros, foram recolhidos. Apenas em óculos de sol e de grau foram 8 mil itens.

Os produtos encontram-se sob a responsabilidade da Prefeitura de Porto Alegre, que fará agora a análise da regularidade da procedência dos bens apreendidos. As investigações devem identificar todos os responsáveis pela muamba para que sejam responsabilizados criminalmente.

Uma força-tarefa foi mobilizada na ação de combate ao comércio informal e irregular, envolvendo Guarda Municipal, Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, Empresa Pública de Transporte e Circulação e ainda Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo.

"Esta integração envolvendo os órgãos de segurança é importante para combatermos a criminalidade na Capital. A prefeitura é parceira das forças policiais e trabalha em conjunto para aumentar a sensação de segurança da população", destacou o secretário municipal de Segurança, coronel Mário Ikeda.

"A operação ocorre rotineiramente visando à segurança da população, regularização do comércio e o bom andamento das obras de revitalização na região", reforçou o secretário-adjunto de Segurança, Comissário Zottis.

"Os materiais eram armazenados nestes imóveis e revendidos depois nas ruas. Embora a população considere os produtos comercializados na calçada como inofensivos, eles podem causar problemas graves de saúde, como o uso indevido dos óculos de sol", alertou por sua vez o titular da Delegacia de Proteção ao Consumidor, delegado Joel Wagner. Ele enalteceu a integração entre as diversas instituições, a qual visa “coibir a falsificação de produtos, que posteriormente chegarão até o consumidor, a fim de assegurar a saúde e segurança dos consumidores e garantir a regularidade da procedência fiscal dos produtos comercializados em Porto Alegre”.

“Qualquer ação é importante para proporcionar maior sensação de segurança pública”, destacou o comandante do 9º BPM, tenente-coronel Fábio da Silva Schmitt. “Neste caso é importante porque retira também muitos delinquentes das ruas”, acrescentou.

A Prefeitura de Porto Alegre também oferece opções para a regularização da atividade de ambulantes que atuam em todas as regiões da cidade, em especial no Centro. Através de um cadastro, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social já garantiu a inclusão de dezenas de ambulantes em cursos de capacitação em áreas como microempreendedorismo e vagas de trabalho intermediadas pelo Sine Municipal.

Foto: Ricardo Giusti / CP