Operação contra onda de violência em Porto Alegre é por tempo indeterminado, diz coronel da BM

Operação contra onda de violência em Porto Alegre é por tempo indeterminado, diz coronel da BM

Responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), Luciano Moritz, destaca atuação das tropas especiais nas áreas de "instabilidade"

Correio do Povo

Responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), Luciano Moritz, destaca atuação das tropas especiais nas áreas de "instabilidade"

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Responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC) da Brigada Militar, o coronel Luciano Moritz destacou, na manhã desta segunda-feira, o “esforço hercúleo” da BM em conter o recente conflito entre organizações criminosas em Porto Alegre. “Em três dias estancamos a onda”, frisou. “Nós estamos com frentes para minimizar essa onda de instabilidade que estamos vivendo. Nós estamos apostando na visibilidade em eixos principais da cidade para a dita percepção de segurança. Esses pontos de visibilidade são as bases que irradiam a segurança no entorno”, enfatizou.

“Vai ser uma ação continuada em busca de resultados. Nas áreas de instabilidade estamos sufocando com as tropas especiais”, ressaltou, citando a atuação do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Batalhão de Aviação. Conforme o comandante do CPC, a mobilização será “por tempo indeterminado para que possamos trazer a normalidade para essas comunidades”.

O coronel Luciano Moritz lembrou que os indicadores de criminalidade estão em queda, mas “agora deu essa onda de instabilidade”. Dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado, os homicídios tiveram em agosto passado um aumento de 100% , subindo de 13 no mesmo período de 2021 para 26 pessoas assassinadas no mês passado.

A Capital também acumula alta no ano de 7,1%, elevando o número de casos de 183 para 196. Os números são reflexos sobretudo do conflito entre as organizações criminosas pelo domínio do tráfico de drogas na cidade. O coronel Luciano Moritz declarou que “vamos retomar o status que nós tínhamos para melhor”.

Sobre a troca dos comandantes dos batalhões da Capital, ele disse que as mudanças estavam previstas há 40 dias a partir do pedido de saída para a reserva do coronel Fernando Gralha Nunes. “A oxigenação é importante para as carreiras. É um ciclo necessário da carreira e de gestão, além de aprendizado de boas práticas”, explicou. 

Houve trocas nos comandos do 1º BPM, 9º BPM, 11º BPM, 19º BPM, 20º BPM e 21º BPM na Capital, além de mudanças no Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Caí, 3º BPM de Novo Hamburgo, 17º BPM de Gravataí e 26º BPM de Cachoeirinha.


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