Padrasto suspeito de ter violentado e matado enteada em Bom Princípio vai a júri popular

Padrasto suspeito de ter violentado e matado enteada em Bom Princípio vai a júri popular

Julgamento acontece na próxima quinta-feira no Fórum de São Sebastião do Caí

Correio do Povo

Polícia Civil investigou crime ocorrido em 4 de abril de 2021, às margens da ERS 122, próximo do arroio Forromeco

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O acusado de assassinar a adolescente Jordana Christ Watthier, 13 anos, será julgado nesta quinta-feira. O júri popular começa a partir das 9h no Fórum de São Sebastião do Caí.

Segundo a investigação, a vítima teria sido violentada e morta por estrangulamento pelo padrasto, então com 39 anos, em 4 de abril de 2021, às margens da ERS 122, próximo do arroio Forromeco, no bairro Santa Terezinha, em Bom Princípio. O Corpo de Bombeiros Voluntários de Bom Princípio localizou o cadáver.

O suspeito teria fugido, mas acabado preso cinco dias depois ao se apresentar na Brigada Militar de Teutônia. Em um primeiro momento alegou que a jovem afogou-se quando pescavam nas águas do arroio Forromeco. Depois, ele teria confessado o crime. O Fiat Uno Mille Fire, de cor branca, que teria sido usado para levar a enteada e depois na fuga, foi encontrado na Estação Rodoviária de Montenegro.

A Polícia Civil investigou o crime. O réu foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por estupro de vulnerável e feminicídio. O processo tramita na 1ª Vara Judicial da Comarca de São Sebastião do Caí. 

Conforme a promotora de Justiça Lara Guimarães Trein, que atuará em plenário, o padrasto da menina se aproveitou da relação familiar e, após levá-la para um passeio, conduziu seu automóvel em direção a um matagal e teve conjunção carnal e praticou outros atos libidinosos com a vítima antes de estrangulá-la até a morte.

“Os crimes causaram grande comoção social, pois, além da extrema violência empregada, foram cometidos pelo padrasto contra a enteada, de apenas 13 anos, em pleno domingo de Páscoa", afirmou a promotora, salientando que ao longo da investigação e da instrução do processo ficou claro que ele tinha um comportamento desajustado, atuando como um verdadeiro predador sexual. 

“Nós da família repudiamos imensamente este tipo de crime e esperamos por justiça pois foi o quarto crime que o réu efetuou e não podemos aceitar isso e deixá-lo impune. Jordana era minha prima próxima e isto causou muita comoção a nossa família. Estamos contando com o apoio da mídia para que outras mães abram os olhos e não deixem que outras crianças passem por isso!”, escreveu um primo da jovem. A jovem residia com a mãe no loteamento Gauger, no bairro Nova Colúmbia.

O réu já possui antecedentes por três crimes sexuais, dos quais dois contra menores de 14 e de 15 anos, além de um roubo. Condenado a 12 anos de reclusão, o indivíduo estava em liberdade condicional.


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