"Passo histórico no RS", afirma diretor do DHPP sobre Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro

"Passo histórico no RS", afirma diretor do DHPP sobre Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro

Nova delegacia passa a integrar o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) a partir desta semana

Marcel Horowitz

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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil passa a contar, a partir desta semana, com a Delegacia de Polícia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), mirando as finanças de facções envolvidas em crimes contra a vida. O novo órgão ficará sediada na "Cidade da Polícia", complexo da Segurança Pública na zona Leste de Porto Alegre, tendo como titular o delegado Marcus Viafore.

Conforme o delegado Mario Souza, diretor do DHPP, a investigação especializada sobre dinheiro ilícito deve se refletir diretamente na resolutividade dos crimes de homicídio. "É um passo histórico na Segurança Pública do Rio Grande do Sul. Com a inauguração de um órgão especializado, que é a DRL dentro do DHPP, vamos ter após a "primeira investigação", que inclui a identificação dos envolvidos, a prisão deles e a apreensão de armas, uma  "segunda etapa", que é a descapitalização das facções. Vamos aumentar o prejuízo contra o crime organizado, agindo nas finanças das facções que mandarem matar no estado", declarou.

Dentro do DHPP, ainda de acordo com Souza, o objetivo é que a unidade especializada se torne mais um instrumento de combate aos grupos criminosos, uma vez que as facções têm na incorporação de valores ilícitos um dos principais mecanismos para se manterem em atividade. “A maior parte dos homicídios é cometido pelo crime organizado. Em Porto Alegre, esse número chega a quase 80%. No primeiro semestre, por exemplo, 79,85% dos crimes de homicídio investigados foram praticados por indivíduos com participação em organizações criminosas.”, explicou o Diretor do DHPP, 

O Chefe de Polícia, Delegado Fernando Sodré, ressaltou a importância da descapitalização financeira nas investigações de lavagem de dinheiro, não apenas efetuando apreensões, prisões e sequestro de bens, como também identificando bens dissimulados a fim de enfraquecer o crime organizado.

"A  DRL está dentro de uma estratégia de enfrentamento a facções, no quesito que tange a descapitalização de estruturas criminosas. Já tínhamos delegacias de repressão à lavagem de dinheiro no Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC) e no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).  Agora instalamos uma no DHPP pois, ao final de muitas investigações, percebe-se que há elementos claros para a investigação de lavagem de dinheiro nos casos que envolvem homicídios também", concluiu 


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