PC evita atentado e prende três suspeitos de chacina na praia de Magistério, em Balneário Pinhal

PC evita atentado e prende três suspeitos de chacina na praia de Magistério, em Balneário Pinhal

Outros dois homens também foram presos; grupo saiu de Porto Alegre para atacar rivais no litoral Norte

Marcel Horowitz

Chacina ocorreu em 14 de fevereiro

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A Polícia Civil prendeu cinco integrantes de uma facção, no Centro de Balneário Pinhal, no litoral Norte. Três dos presos são suspeitos de envolvimento no triplo homicídio ocorrido na praia de Magistério, no dia 14 de fevereiro. As prisões aconteceram na terça-feira, mas foram confirmadas hoje.

De acordo com a instituição, o grupo partiu de Porto Alegre e pretendia atacar criminosos rivais em Balneário Pinhal. Foram apreendidas três pistolas calibre nove milímetros, de uso restrito, sendo que duas estavam com numeração suprimida. Também foram localizados dois revólveres calibre .38, celulares, munições e carregadores.

Todos os presos já tinham antecedentes. As fichas criminais deles somam passagens por tráfico de drogas, homicídio, roubo, receptação, entre outros. Eles foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

Os três suspeitos da chacina em Magistério eram os últimos envolvidos que, desde a data do crime, permaneciam foragidos. Antes deles, no último dia 20, foi preso um homem que seria um dos atiradores. Ele foi capturado em Alvorada, na região Metropolitana.

Outro investigado foi preso no dia seguinte ao ataque, também em Alvorada. Ele teria atuado como motorista do bando.

De acordo com os policiais, tanto o crime frustrado como o triplo homicídio têm relação com disputas por pontos de tráfico. As investigações apontam que uma facção criada no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, criou ramificações em Balneário Pinhal.

Os alvos dos atentados seriam dissidentes do grupo, além de traficantes vindos de outras regiões e que tentam vender drogas no município do litoral Norte. A manutenção da hegemonia do tráfico na cidade seria o objetivo dos faccionados, diz a PC.

Chacina na praia de Magistério

O atentado ocorreu próximo às 8h30min, na esquina das ruas Santa Cruz e Rui Barbosa, em 14 de fevereiro. Testemunhas relatam que um trio, saído de um veículo Gol de cor prata, invadiu uma residência e alvejou os moradores.

Dentro da casa foi morto um homem de 48 anos, que respondia por tráfico, receptação, dano, embriaguez, lesão corporal e porte ilegal de armas. Também foi morto um jovem de 24 anos, que não tinha antecedentes. Aproximadamente 50 projéteis e estojos de pistolas, calibre 9 milímetros e .40, foram recolhidos no local. No momento do ataque, outras pessoas estavam no imóvel, inclusive crianças.

A terceira morte ocorreu na parte externa da residência, quando um adolescente de 16 anos foi baleado em via pública. Ele teria sido morto após indicar aos executores a casa onde estavam as outras vítimas.

O homicídio do menor de idade é investigado como queima de arquivo. Em outras palavras, ele morreu apenas por ter testemunhado o crime.

De acordo com policiais civis, o principal alvo era um homem conhecido como Beleza, que não estava no imóvel no momento do ataque. Ele é apontado como uma das lideranças do crime organizado na praia de Magistério.

Beleza seria integrante da facção criada na zona Leste de Porto Alegre, mas gerenciava o tráfico na praia. Conforme a investigação, outros membros do grupo reivindicavam o controle da venda de drogas na localidade. O atentado teria ocorrido porque ele se recusava a ceder os pontos de tráficos.

Os dois mortos dentro do imóvel eram pai e irmão dele. A dupla, segundo a polícia, também teria envolvimento com a facção.

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