PF deflagra operação com número recorde de mandados

PF deflagra operação com número recorde de mandados

Serão 163 pessoas conduzidas coercitivamente, 26 buscas e 4 prisões temporárias em Rondônia

Correio do Povo

publicidade

A Polícia Federal (PF), com apoio da Controladoria Geral da União e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quinta-feira a Operação Plateias que tem como objetivo desarticular organização criminosa formada por lobistas e agentes públicos responsáveis por desvio de verba pública e direcionamento de licitações. A operação é a maior da PF nos últimos anos em número de mandados. Aproximadamente 300 policiais federais cumprirão 193 mandados judiciais: 163 pessoas conduzidas coercitivamente, 26 buscas e 4 prisões temporárias. Os mandados são cumpridos nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, além do Distrito Federal. Uma das conduções coercitivas ocorre na Espanha.

O prejuízo aos cofres públicos do Estado de Rondônia ultrapassa R$ 57 milhões. Iniciada em 2012, a investigação apurou que empresas interessadas em participar de processos licitatórios do Governo de Rondônia precisavam fazer doações formais ou informais para campanhas eleitorais. As licitações eram, então, vencidas as empresas que faziam parte do esquema criminoso. Em alguns casos, havia dispensa de concorrência pública. Também foram verificados pagamentos indevidos a agentes públicos. Foi criado um “fundo de propina” que chegava a movimentar cerca de R$ 2 milhões por mês.

Foram encontradas irregularidades em contratos das oito secretarias estaduais: Saúde, Justiça, Educação, Desenvolvimento Ambiental, Agricultura, Desenvolvimento Ambiental, Assistência Social, Obras e Serviços Públicos, além da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). Os contratos sob suspeita superam R$ 290 milhões.

Entre os contratos investigados, consta o da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), fornecimento de alimentação a hospitais e presídios, compra de medicamentos, aluguel de viaturas, serviço de vigilância armada em escolas e hospitais, contratação de empresa de publicidade, entre outros. Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitações, concussão e corrupção ativa e passiva.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895