PF investiga fraude contra Caixa Federal que supera R$ 22 milhões

PF investiga fraude contra Caixa Federal que supera R$ 22 milhões

Operação Rolagem ocorre em Canoas, Estância Velha, Porto Alegre e Novo Hamburgo

Correio do Povo

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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a operação Rolagem, que apura fraude contra a Caixa Econômica Federal (CEF) no Rio Grande do Sul com prejuízo de mais de R$ 22 milhões à instituição. A PF cumprem nove mandados de busca e apreensão e 13 mandados de condução coercitiva em Canoas, Estância Velha, Porto Alegre e Novo Hamburgo.

As investigações iniciaram em fevereiro, a partir de informações encaminhadas pela própria CEF, uma vez que já havia sido instaurado procedimento disciplinar para apurar a conduta de empregados em decorrência do grande número de operações de crédito supostamente fraudulentas contratadas por empresas junto a determinadas unidades da instituição, o que gerou elevada inadimplência. Com isso, foi instaurado inquérito para apurar fraudes contra a Caixa, crime contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

A PF identificou que a organização criminosa, entre julho de 2012 a novembro de 2013, utilizou o nome de cerca de 70 empresas para fins de abertura de contas na Caixa, seguida da contratação de empréstimos mediante utilização de documentação falsa, o que foi viabilizado com a participação do gerente de uma agência da Caixa, já afastado.

A fraude contou ainda com um Correspondente Caixa e de terceiros que se apresentavam como procuradores, intermediários ou consultores de empresas de “fachada”. Essas empresas tomaram crédito bancário em elevados montantes e imediatamente efetuavam saques de valores significativos e/ou remetiam os recursos por meio de transferências eletrônicas para contas de pessoas físicas ou de outras empresas inadimplentes, acarretando no encerramento da conta com saldo negativo.

Verificou-se também que os grupos de empresas envolvidas no esquema utilizaram duplicatas simuladas com especificações semelhantes para desconto e obtenção antecipada de crédito junto à Caixa, mesmo sem apresentar características de atividade comercial típica.

Além disso, foram colhidos fortes indícios de que o ex-gerente e o correspondente bancário credenciado à época teriam sido favorecidos com o esquema criminoso e que estariam ocultando bens de sua propriedade, registrando-os em nome de terceiros ou de pessoas do grupo familiar. Por essa razão, foram determinadas judicialmente medidas constritivas de arresto e sequestro de bens imóveis e veículos por eles adquiridos.



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