PF prende 19 suspeitos de "ressuscitar" mortos e inventar idosos em fraude do INSS

PF prende 19 suspeitos de "ressuscitar" mortos e inventar idosos em fraude do INSS

A atuação da quadrilha já causou à Previdência um prejuízo da ordem de R$ 8 milhões e poderia chegar a R$ 12,3 milhões 

R7

Polícia Federal está reforçando as equipes

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A Polícia Federal deflarou a Operação Metamorfose nesta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, e prendeu preventivamente 19 pessoas acusadas de fraudar benefícios previdenciários e assistenciais. Além das prisões, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e determinado o cancelamento das contas bancárias utilizadas pelos criminosos.

Durante as investigações, foram identificados diversos benefícios de pensão por morte e da espécie BPC/Loas para idosos carentes em nomes de pessoas fictícias, falecidas ou hipossuficientes.

Para isso, os integrantes da organização criminosa habilitavam-se como procuradores e agiam como representantes legais dos beneficiários inexistentes. Uma vez concedido o benefício, tais criminosos abriam contas em agências bancárias, sacavam eventuais valores retroativos e retiravam o cartão magnético para saques futuros.

Além de atuarem como procuradores de pessoas fictícias, os criminosos também se apresentavam perante o INSS como se fossem outra pessoa, visto que alguns integrantes da quadrilha forjaram a própria identidade.

Todos os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação teve o apoio da Coordenação de Inteligência Previdenciária (Coinp), do Ministério da Previdência Social e da Centralizadora de Prevenção a Fraudes da Caixa.

Segundo a Coinp, a atuação da quadrilha já causou à Previdência Social um prejuízo da ordem de R$ 8 milhões. No entanto, os valores poderiam alcançar a R$ 12,3 milhões caso os criminosos continuassem recebendo os benefícios.

Os acusados responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Se somadas, as penas podem alcançar 27 anos de reclusão.

A operação recebeu o nome de Metamorfose pelo modo de atuação da quadrilha, que adulterava a identidade dos criminosos, como uma espécie de metamorfose.

Há 23 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação de Inteligência Previdenciária detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.


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