PF tem 60 inquéritos sobre dinheiro falso

PF tem 60 inquéritos sobre dinheiro falso

Pessoas que localizarem notas falsificadas devem denunciar ao órgão

Correio do Povo

Delegada comanda setor de combate à falsificação de dinheiro da PF

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A Polícia Federal (PF) instaurou 60 inquéritos, entre janeiro e o dia 16 deste mês, para investigar a circulação de cédulas falsas de reais no Rio Grande do Sul. Se comparado ao mesmo período de 2011, porém, o número tem se mantido estável, com o registro de 60 procedimentos investigatórios.

Na maioria dos casos, de acordo com a PF, são apreendidas notas falsas. Neste ano, a exceção ocorreu em 27 junho, quando um metalúrgico, de 23 anos, foi preso por suspeita de fabricar moedas em Sapiranga. O peso e o brilho do metal usado denunciavam a falsificação. Com ele, foram encontradas 832 moedas de R$ 0,50, totalizando R$ 416.

Há sete anos à frente do Setor de Combate à Falsificação de Dinheiro da PF, a delegada Priscilla Burlacenko salienta que, até hoje, nenhum dos peritos com quem trabalhou atestou que as falsificações não enganariam o cidadão médio. Se a cédula falsa for considerada muito grosseira, explica, o caso passaria à esfera da Polícia Civil (PC) e seria tratado como estelionato - o que não ocorreu nas investigações da PF no Estado.

"Em comum, as falsificações têm o papel", diz. "Algumas notas têm mais elementos do que outras, mas, em locais de grande movimento e pouca luminosidade, enganam da mesma forma". As notas de R$ 50 e R$ 100 da segunda família do real trazem mais elementos de segurança. Segundo a delegada, como são relativamente novas, identificar a falsificação ainda é difícil.

Ela ressalta que quem recebe uma nota falsa deve procurar o órgão. Se o município não tiver uma Delegacia da PF, deve-se procurar a PC. A delegada alerta que quem recebe de boa-fé uma nota falsa, identifica o delito e repassa o dinheiro, também está cometendo crime. O artigo 289 do Código Penal prevê pena de três a 12 anos nos casos de falsificação. "Quando o dinheiro é sacado em caixas eletrônicos, dentro dos bancos, deve-se levar às agências", assinala. Em nenhum dos casos, porém, há ressarcimento do valor.


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