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Polícia Civil apura conduta de cada suspeito preso pela morte da adolescente kaingang Daiane

Um dos indivíduos foi preso nessa segunda-feira e o outro no último domingo em Redentora

Instituto-Geral de Perícias compareceu duas vezes no local do crime | Foto: IGP / Divulgação / CP

Responsável pelo inquérito sobre o assassinato da indígena kaingang adolescente Daiane em Redentora, o delegado Vilmar Alaídes Schaefer revelou qual será o próximo passo após a prisão do segundo envolvido no crime. “Seguem as investigações para amealhar elementos de prova visando esclarecer condutas de cada suspeito”, informou na manhã desta terça-feira à reportagem do Correio do Povo.

As circunstâncias em que a vítima, de 14 anos, foi morta estão sendo também apuradas, entre outras diligências. O caso é acompanhado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS).

Na tarde dessa segunda-feira, os policiais civis detiveram o segundo suspeito durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária em Redentora. Após os trâmites legais, o indivíduo foi encaminhado ao Presídio Estadual de Três Passos.

Já o primeiro suspeito foi capturado na manhã do último domingo em uma ação conjunta com ordem judicial da Polícia Civil com a Brigada Militar. Ambos os indivíduos não são indígenas.

As representações policiais tiveram parecer favorável do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O promotor de Justiça Miguel Germano Podanosche ressaltou que se tratam de possíveis estupro e homicídio de uma menina indígena por homens não indígenas. Segundo ele, a conotação de gênero e racial da ação investigada, pelos dados até o momento coletados, sobressai-se com robustez, indicando a existência de grave violação a direitos humanos.

“As circunstâncias obscuras e rumorosas que rodeiam o caso, somadas ao temor da comunidade redentorense (indígena e não indígena) para com a repetição de casos semelhantes, bem como o fato de que se vislumbra, sobretudo no específico delito de estupro de vulnerável, a possível relevância causal do fornecimento de álcool e drogas ilícitas a menores por comerciantes e traficantes, tem-se que a inatividade do Estado, neste momento, acarretaria a trágica inibição de testemunhas e informantes para com trabalhos investigativos que apresentam ímpar relevância”, fundamentou o promotor de Justiça Miguel Germano Podanosche.

O corpo da vítima da Reserva Indígena do Guarita foi encontrado na tarde do último dia 4 em Linha Ferraz, na zona rural de Redentora. Ele estava em uma plantação nas imediações de uma mata aberta. Nua, a indígena tinha parte do corpo dilacerado.

A adolescente indígena encontrava-se desaparecida desde o dia 31 de julho e havia sido vista pela última vez em uma festa na Vila São João, no interior do município.

No âmbito das investigações, o Instituto-Geral de Perícias, através da 6ª Coordenadoria Regional de Perícias de Santo Ângelo, compareceu duas vezes no local do crime. A necropsia foi realizada no Posto Médico-Legal de Três Passos.

Correio do Povo