Polícia Civil de Santa Catarina realiza ação contra facção que tinha conexão com traficantes gaúchos

Polícia Civil de Santa Catarina realiza ação contra facção que tinha conexão com traficantes gaúchos

Agentes cumprem mais de 100 ordens judiciais na operação Scurra após dois anos de investigações

Correio do Povo

Estão sendo cumpridos mais de 100 ordens judiciais em 17 cidades com cerca de 200 agentes mobilizados

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Mais de 100 ordens judiciais estão sendo cumpridas na manhã desta sexta-feira pela Polícia Civil de Santa Catarina tendo como alvo uma facção criminosa que tinha ligação inclusive com grupos criminosos de outros estados, como o Rio Grande do Sul. A operação Scurra é coordenada pela Delegacia de Combate às Drogas da Capital (DECOD) sob comando do delegado Walter Loyola.

Em entrevista à reportagem do Correio do Povo, ele esclareceu que ainda não foi possível detectar quais são as conexões com os criminosos gaúchos. "Havia negociações com traficantes do Rio Grande do Sul, mas não conseguimos identificar os alvos daí e por isso não foram expedidas ordens judiciais no RS, mas têm pessoas daí envolvidas", observou.  

Na ação deflagrada ao amanhecer estão sendo cumpridos por exemplo 42 mandados de busca e apreensão e mais de 50 mandados de prisão temporária em Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Governador Celso Ramos, Porto Belo, Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Navegantes, Blumenau, Itajaí, Tubarão, Laguna e Rio Fortuna, além de São José dos Pinhais, no Paraná, e Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Mais de 200 agentes estão mobilizados. Até o momento foram efetuadas 32 prisões e apreendidas drogas e armas, entre outros objetos.

O delegado Walter Loyola explicou que ao longo de dois anos de investigações foram analisadas cerca de 600 mil ligações, mensagens de texto e outras interações entre os investigados. Houve então a descoberta e identificação de diversos núcleos de integrantes da facção criminosa que atua em Santa Catarina e tinham conexões com Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.

Conforme o titular da DECOD, o transporte do material ilícito, como drogas e armas, era realizado pelos criminosos de diversos modos. "Eles traziam a droga do Mato Grosso do Sul, algumas vezes até de helicóptero, outras vezes com carreta", destacou o delegado Walter Loyola. Em troca, como pagamento, os veíc ulos de luxo roubados em Santa Catairna, principalmente nas regiões de Balneário Camboriú e Itajaí, seguiam para o MS. Para financiar as atividades em diferentes frentes, a facção cometia crimes como roubos de veículos de alto luxo, delitos contra o sistema financeiro, clonagem de cartões de crédito, furtos em imóveis de alto padrão de homicídios, entre outros, além de abrir empresas de fachada. Durante o trabalho investigativo, alguns dos investigados foram presos em flagrante.


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