Polícia Civil deflagra segunda fase de operação contra desvio e furto de cargas de grãos no RS

Polícia Civil deflagra segunda fase de operação contra desvio e furto de cargas de grãos no RS

Quadrilha aliciava motoristas de caminhões que transportavam sobretudo soja

Correio do Povo

Ação ocorreu em Iraí e Frederico Westphalen, no RS, e em Xanxerê, em SC

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil desencadeou na manhã desta terça-feira a segunda fase da operação NPR que apura a atuação de uma organização criminosa destinada à subtração de cargas de grãos, especialmente de soja. O trabalho investigativo é realizado pela Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), sob comando do delegado Alexandre Luiz Fleck. Segundo ele, existem indícios de que a quadrilha vinha agindo há mais de dez anos, com prejuízos patrimoniais ainda não estimados, mas “certamente de grande monta”.

Houve o cumprimento de ordens judiciais nas cidades de Iraí e Frederico Westphalen no Rio Grande do Sul, e também em Xanxerê, Santa Catarina. Três prisões foram efetuadas, sendo que uma delas dentro de um presídio.

De acordo com os agentes da DFRC, a organização criminosa agia sempre do mesmo modo: motoristas de caminhão são aliciados pelo bando, o qual os destina para efetuar carregamentos lícitos de cargas de soja. Após o carregamento, a carga é desviada de seu destino final, sendo efetivada a troca das notas fiscais originais por notas falsas de produtor rural com o intuito de conferir licitude à carga e proporcionar posterior revenda a terceiros.

Na primeira fase, deflagrada em outubro deste ano, foram presos quatro indivíduos. Já nesta segunda etapa da operação, os policiais civis prenderam dois criminosos. Um deles em Iraí, onde existia um silo de armazenagem que servia para a troca de caminhões transportadores de soja, bem como da nota fiscal. Já o outro indivíduo preso em Xanxerê trabalhava em uma oficina de reparos de freios de caminhão e aproveitava-se disso para aliciar motoristas. Quem emitia notas de produtor rural supostamente sem lastro também foi alvo das ordens judiciais.


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