Polícia Civil e Brigada Militar prendem seis suspeitos por morte e queima de irmãos em Cachoeirinha

Polícia Civil e Brigada Militar prendem seis suspeitos por morte e queima de irmãos em Cachoeirinha

Indivíduos são integrantes de facção e foram detidos no bairro Guajuviras, em Canoas

Correio do Povo

Ordens judiciais mobilizaram 2ª DP e 26º BPM

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A fase quatro da operação conjunta Não Matarás da Polícia Civil e da Brigada Militar resultou na prisão de seis suspeitos de envolvimento na execução de dois irmãos, de 20 e 29 anos, cujos corpos carbonizados foram localizados na noite de 8 de outubro deste ano em um terreno baldio na rua Nova Pinheiros, no bairro Meu Rincão, em Cachoeirinha, próximo do limite com Esteio e Canoas.

Os indivíduos foram detidos pelos agentes da 2ª DP de Cachoeirinha, coordenados pelo delegado Carlos Eduardo Silva de Assis, e policiais militares do 26º BPM, sob comando do tenente-coronel Ivens Giuliano Campos dos Santos, durante o cumprimento dos mandados de prisão preventiva nessa segunda-feira no bairro Guajuviras, em Canoas. Duas mulheres acabaram também presas em flagrante pelo crime de injúria racial e desacato, perpetrados contra o delegado.

Os seis suspeitos, de 20, 21, 26, 27, 38 e 44 anos, são acusados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáveres.Todos os envolvidos possuem diversos antecedentes criminais, como tráfico e associação para o tráfico de drogas, homicídio, porte de arma, entre outros.

Durante os dois meses de investigações, três dos indivíduos também praticaram os crimes de roubo e extorsão contra uma testemunha ocular do crime. Eles se apossaram da residência dela e chegaram a vender o imóvel nas redes sociais, sendo a prisão de um dos criminosos efetuada durante a mudança para a residência. 

Sobre a motivação para que os dois irmãos fossem mortos, o delegado Carlos Eduardo Silva de Assis contou que as vítimas, usuárias de drogas e residentes em Esteio, foram abordadas ao tentarem comprar maconha em uma boca de fumo em Canoas. "Um dos irmãos usava tornozeleira eletrônica por prática de um outro crime. Um dos investigados questionou o que ele estava fazendo ali, indagando se era de outra facção. A vítima disse que só estava para adquirir a maconha", explicou.

Os suspeitos pediram então para olhar o telefone celular. "Eles constataram que tinha uma foto da vítima publicada recentemente de um churrasco na casa da mãe,  próxima do Guajuviras, em Canoas. A mãe tinha feito um símbolo que, no entender deles, fazia apologia à facção rival dos investigados. Eles disseram então que as vítimas seriam da facção rival", acrescentou. Os dois irmãos foram atacados, agredidos e massacrados por um grupo. "Essa foi a motivação", concluiu o delegado Carlos Eduardo Silva de Assis.


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