Polícia Civil investiga tráfico de drogas por trás da execução de motorista de aplicativo em Viamão

Polícia Civil investiga tráfico de drogas por trás da execução de motorista de aplicativo em Viamão

Homicídio ocorreu na noite dessa sexta-feira na rua Presidente Vargas, no bairro Esmeralda

Correio do Povo

Vítima, de 33 anos, foi morta a tiros dentro de um Renault Sandero, de cor prata

publicidade

A Polícia Civil avançou na investigação sobre o assassinato da motorista de aplicativo ocorrido na noite dessa sexta-feira na rua Presidente Vargas, no bairro Esmeralda, em Viamão. A vítima, de 33 anos, foi morta a tiros dentro de um Renault Sandero, de cor prata. Ela residia no bairro São Sebastião, em Porto Alegre. O homicídio mobilizou também o 18º BPM.

“Ela era motorista de aplicativo, mas no momento só fato não estava fazendo corrida. Investigações preliminares apontam que ela estaria fazendo tele entrega de drogas e a execução estaria vinculada a essa atividade”, adiantou na manhã deste sábado o delegado Vinicius Seolin à reportagem do Correio do Povo.

Dinheiro e telefone celular não foram levados, o que descartou a hipótese de latrocínio. Cinco ou seis tiros provavelmente de revólver foram efetuados disparos contra a vítima, que não tinha antecedentes criminais. Porções de maconha foram encontradas no interior do veículo, que seria alugado.

Conforme o efetivo do 18º BPM no local, a vítima aguardava no veículo estacionado, perto das 20h20min, quando dois homens se aproximaram e a alvejaram. A dupla fugiu a pé em seguida. Os tiros atravessaram o para-brisa do carro, atingindo-a no tórax e no braço. Ela morreu no local, que fica próximo a um ponto de tráfico de drogas segundo os policiais militares.

“A gente vem perdendo muitos colegas que estão se envolvendo cada vez mais com o tráfico. Eles acabam perdendo suas vidas. É bem complicado”, desabafou neste sábado a presidente do Sindicato dos Motoristas em Transportes Privados por Aplicativos do Estado do Rio Grande do Sul (SIMTRAPLI-RS), Carina Trindade. “É lamentável que a gente perca colegas, independente do que tenha acontecido”, observou. “A gente não sabe exatamente o que aconteceu, mas é lamentável que a gente perca a vida de alguém jovem”, acrescentou.

Carina Trindade aproveitou o fato para falar também que a categoria tem sofrido com os assaltos. “Eu trabalho à noite e eu me sinto insegura de certos lugares, principalmente naquela região. Agora está bem complicado. A gente acaba tendo medo de entrar nesses lugares”, disse.

“O número de assaltos a motoristas de aplicativo têm aumentado cada vez mais. Nós temos um colega internado no hospital vítima de assalto, nós tivemos outro colocado no porta-malas”, frisou a presidente da entidade. “A gente precisa que as autoridades façam alguma coisa e as plataformas também”, enfatizou.

Ela recordou que nessa sexta-feira foi realizada uma reunião com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) para tratar justamente da questão da segurança. Carina Trindade citou, como exemplo, o problema do pagamento das corridas em dinheiro e um cadastro mais rigoroso do passageiro para “evitar esses assaltos e mortes de motorista”.

Foto: Fabiano do Amaral / CP


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895