Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese no caso da morte de mulher na Zona Sul de Porto Alegre
Reportagem do Correio do Povo esteve no matagal onde foi achado o corpo da vítima
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A 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Porto Alegre já começou a investigar o assassinato de Vera Sirlei Kersch Paz, 53 anos, cujo corpo foi encontrado em um denso matagal na esquina da avenida Eduardo Prado com a rua Atílio Superti, no bairro Vila Nova. “Não descartamos nenhuma hipótese”, declarou a delegada Tatiana Bastos na manhã desta sexta-feira. O caso é tratado com prioridade e alguns familiares da vítima já prestam depoimento. “Em princípio, pela configuração toda, seria um feminicídio, mas é ainda muito preliminar”, ressalvou. Os agentes estão em diligências para elucidar o caso, sendo procuradas inclusive imagens de câmeras de monitoramento em toda a região.
A vítima estava amarrada e apresentava sinais de agressão, além de um possível ferimento de faca. A delegada Tatiana Bastos explicou que somente os laudos do Instituto-Geral de Perícias vão esclarecer dúvidas e apontar também a causa da morte. O fato do celular ter sumido, avaliou, não significa que tratou-se de um assalto. “A morte dela não tem relação com essa subtração. A situação da morte dela tem elementos de um feminicídio”, disse.
Quem descobriu o corpo deixado no mato foi o próprio companheiro dela no final da tarde de quinta-feira. O apartamento do casal em um bloco residencial fica distante cerca de 200 metros da área. Ele havia registrado o desaparecimento, que teria ocorrido ao amanhecer de quarta-feira. O homem contou que decidiu procurá-la por conta própria com ajuda de um vizinho, e logo depois acionou a Brigada Militar quando localizou o corpo no interior do mato. Policiais militares do 1º BPM isolaram o local.
A reportagem do Correio do Povo esteve na manhã desta sexta-feira no matagal que fica no terreno de uma antiga construtora e constatou que, apesar da extensa área estar cercada por um muro, existem vários buracos abertos que permitem a entrada. O lugar é considerado perigoso, pois moradores do entorno relataram que usuários de drogas frequentam o local e até ladrões escondem-se dentro. Há muito lixo também espalhado e acumulado.