Polícia Civil ocupa vilas da zona Norte de Porto Alegre

Polícia Civil ocupa vilas da zona Norte de Porto Alegre

Ação tem o objetivo de combater e prevenir execuções e tentativas de homicídio

Correio do Povo

Ação tem o objetivo de combater e prevenir execuções e tentativas de homicídio

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A Polícia Civil ocupou ao amanhecer desta terça-feira o loteamento Timbaúva e a vila Safira, no bairro Mário Quintana, em Porto Alegre. Cerca de 50 agentes, sob comando da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (3ª DPHPP), cumpriram 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão preventiva, com o objetivo de combater e prevenir execuções e tentativas de homicídio. Houve o recolhimento de munição e o boné de uma vítima de execução, Os quatro alvos da ação não foram localizados e são agora considerados foragidos. Parte da ação policial também foi desenvolvida no bairro Vila Jardim. O Grupamento de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil prestou apoio.

A região está agitada pela disputa de dois grupos rivais de tráfico de drogas, que estaria impondo toques de recolher e obrigando o fechamento de escolas e postos de saúde mais cedo. Pelo menos dez homicídios foram registrados nos últimos tempos na área.

O Titular da 3ª DPHPP, o delegado João Paulo de Abreu, explicou que a ação é decorrente de três investigações de assassinatos ocorridas na região do bairro Mário Quintana. Um dos crimes foi registrado em março deste ano, quando um jovem, de 20 anos, foi morto no Recanto do Sabiá, no loteamento Timbaúva. O corpo foi desovado depois na rua Irmã Teresilda Steffen. “A vítima teve os dedos amputados”, recordou o delegado. Ele observou que os três autores do crime foram identificados, sendo que um já está preso. Os outros dois não foram localizados na ação policial.

O segundo assassinato na região do bairro Mário Quintana foi em maio, quando uma mulher morreu com vários tiros em represália pelo fato do irmão dela estar em dívida com os traficantes. Um dos dois executores da vítima está preso. O cúmplice, um dos alvos da operação, permanece foragido. Já o terceiro crime ocorreu em abril na Vila Jardim, com um dos autores detido durante as investigações, restando ainda ser capturado o parceiro dele.

O delegado João Paulo de Abreu destacou que, durante a operação desta terça-feira, foram obtidas informações importantes com os moradores e que vão subsidiar a investigação. Ele ressaltou ainda a importância da apreensão do boné de uma vítima como prova material encontrada em uma das casas.

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