Polícia Federal investiga empresário de Marau por lavagem de dinheiro, sonegação e fraude
Dono de empresa é suspeito de usar nome da empregada doméstica para ocultar patrimônio
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a operação Patronus que investiga suspeita de lavagem de dinheiro, sonegação tributária, fraude à execução e fraude contra credores praticados por um empresário residente em Marau. Cerca de 30 policiais federais cumpriram seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Marau, Vila Maria, Serafina Corrêa e Casca.
Houve ainda a execução de outros 22 mandados de busca e apreensão para diversos veículos, em sua maioria caminhões de propriedade das empresas investigadas, além do sequestro de oito imóveis, somando valores superiores a R$ 8 milhões em bens. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre.
A investigação, iniciada em 2017, apontou que no ano de 2011 o investigado era proprietário de empresa de coleta de lixo e prestava serviços a diversos municípios da região. Utilizando-se da empresa, o investigado suprimiu contribuições previdenciárias e demais tributos, passando a ocultar o seu patrimônio através da abertura de diversas outras empresas, as quais eram registradas em nome de sua empregada doméstica. Ela era utilizada como “laranja” pelo empresário, ocultando sua atuação empresarial e garantindo seus bens, com o objetivo de não pagar os tributos devidos.
A Polícia Federal constatou ainda que a dívida perante ações trabalhistas de ex-empregados supera o valor de R$ 2,5 milhões, além dos investigados e suas empresas possuírem mais de R$ 25 milhões inscritos em dívida ativa, referentes a tributos sonegados perante a União, sem considerar as dívidas perante o Fisco Estadual. Conforme a PF, o empresário recebeu por dez anos o teto da aposentadoria por invalidez ao mesmo tempo em que trabalhava. Ele também responde a inquérito policial por este fato.
De acordo com a Polícia Federal, as buscas realizadas com a deflagração da operação Patronus também têm por objetivo coletar novas informações que confirmem as suspeitas sobre os crimes investigados, bem como localizar outros bens ocultos para então ressarcir a União e os trabalhadores lesados com a prática criminosa.
Durante a operação, uma das investigadas se escondeu no armário para não ser encontrada. A família disse que ela não se encontrava na casa e estava viajando, mas a mesma foi localizada dentro do móvel.