Polícia Federal investiga lavagem de dinheiro ilícito na Serra

Polícia Federal investiga lavagem de dinheiro ilícito na Serra

Operação foi deflagrada em Caxias do Sul, sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão

Correio do Povo

Ordens judiciais foram executadas para o bloqueio de ativos financeiros e sequestro de crédito

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a operação Templo Alto com o objetivo de reprimir crimes relacionados à lavagem de dinheiro ilícito por investigados na ofensiva Lamanai, ocorrida em outubro de 2019. Houve o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e de dois mandados de busca e apreensão em Caxias do Sul, além da execução de ordens judiciais para o bloqueio de ativos financeiros e de sequestro de crédito, expedidos pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre.

As investigações começaram a partir da análise de informações obtidas no âmbito da operação Lamanai e identificaram que os suspeitos, através de compra de uma propriedade rural no município de São Marcos, negociada por R$ 2 milhões, estariam dissimulando a origem ilícita dos recursos. Esses valores teriam origem nas atividades criminosas praticadas pelo grupo.

A operação Lamanai foi realizada para apurar crimes financeiros, de organização criminosa e de lavagem de dinheiro. O esquema desarticulado pela Polícia Federal prometia rendimentos muito acima dos valores de mercado, obtidos a partir de investimentos em criptomoedas e no mercado cambial, o chamado “Forex”. O trabalho investigativo demonstrou que o dinheiro dos investidores foi utilizado na aquisição de imóveis e também enviado para o exterior. 

A defesa de um dos alvos da operação, a cargo dos Escritório Aury Lopes Jr e Gonzaga e Oliveira Advogados, recebeu com surpresa o mandado de prisão expedido pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre, pois "não existe absolutamente nenhum fato novo que a justifique".

Conforme a defesa, "o acusado sempre compareceu a todas as audiências e atos processuais, e sua liberdade jamais colocou em risco a regular tramitação do feito. Ainda não tivemos acesso à íntegra da decisão, mas assim que obtivermos, ingressaremos com habeas corpus junto ao Tribunal Regional Federal para revogação da ordem de prisão, pois absolutamente excessiva e desnecessária".


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