Polícia indicia cinco envolvidos no ataque a bar de Porto Alegre que deixou três mortos

A 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (4ª DPHPP) indiciou cinco envolvidos no atentado de 4 de setembro passado, que deixou três mortos e 24 feridos em um bar na rua Rio Grande, no bairro Campo Novo, na zona Sul de Porto Alegre. Segundo o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, os acusados são três executores e dois mandantes. 

“Nos relatos seriam quatro executores e uma quinta pessoa faria a proteção desses quatro. Deste modo, estaria faltando identificar um dos executores e esse outro integrante que fazia a segurança”, explicou Garcia. “Como houve as prisões temos um prazo legal de dez dias para encaminhamento do procedimento”, acrescentou. “Ainda estamos aguardando a extração de alguns telefones para ver se neles há informação acerca do fato e dos outros possíveis envolvidos”, complementou. O inquérito já foi encaminhado ao Poder Judiciário. 

Disputa entre facções criminosas 

Conforme o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, a motivação do conflito, no qual o atentado está inserido entre outros homicídios na cidade, está na disputa entre duas facções criminosas: os Manos, do Vale do Rio dos Sinos; e os V7, da vila Cruzeiro do Sul, no bairro Santa Tereza. “Inicialmente (o ataque foi) em razão de uma dívida contraída pelo líder dos V7 com os Manos e depois pela perda de um ponto de tráfico ali no postão da Cruzeiro, que era dos Manos e foi tomado pelos V7”, resumiu. 

O crime aconteceu na frente do bar onde cerca de 80 pessoas confraternizavam o aniversário de um ano de atividade do estabelecimento comercial. Uma banda de pagode animava os frequentadores. Dois veículos, um preto e outro branco, ingressaram na rua e se posicionaram em frente ao local. Quatro atiradores desceram e um quinto indivíduo permaneceu fazendo a segurança dos demais criminosos, todos fortemente armados. Os atiradores dispararam nas pessoas de modo indistinto e fugiram diante da reação de alguns integrantes da facção que atua na região.