Polícia investiga possível relação entre quatro mortes em Viamão

Quatro pessoas foram baleadas e mortas na noite de segunda-feira em Viamão. Três foram executadas em uma única ocorrência, mas a Polícia Civil não descarta que essas vítimas sejam de facções rivais e tombaram em um tiroteio. Na manhã desta terça-feira, a titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Viamão, delegada Caroline Jacobs, revelou que dois mortos haviam sido identificados em ambos os crimes. Os demais permaneciam com as identidades ignoradas. A matança pode estar relacionada à disputa do tráfico de drogas, mas uma ligação entre si está sendo ainda apurada.

“É muito cedo para afirmar isso, mas esperamos que não inicie uma nova guerra. A motivação desses crimes demanda uma certa investigação”, explicou. Alguma conexão com homicídios ocorridos em outras cidades também será avaliado ao longo do trabalho investigativo dos agentes.

O primeiro crime ocorreu na rua Pedro Palermo, no bairro Santo Onofre. A vítima, de 37 anos, que usava tornozeleira eletrônica, foi executada no pátio da casa. Conforme a delegada Caroline Jacobs, a vítima possui antecedentes até por homicídio. Trata-se do criminoso conhecido como Marreta, que já foi apontado no passado como braço direito do traficante Colete, assassinado em 23 de agosto de 2017 na rua Barão do Amazonas, na vila Maria da Conceição, na Capital. Marreta havia saído da Cadeia Pública de Porto Alegre no final de 2018, sendo colocada então a tornozeleira eletrônica. A titular da DPHPP afirmou, porém, que essa informação terá de ser confirmada na investigação.

Quase uma hora depois houve o segundo crime na rua O, no Residencial Figueiras, na mesma região, ocorreu um tiroteio que resultou em três baleados. Uma das vítimas teve óbito no local e as outras duas não resistiram aos graves ferimentos durante atendimento médico no hospital da cidade. Pelo menos dois dos envolvidos chegaram em um veículo conduzido por um motorista de aplicativo que teve de realizar forçadamente a corrida para os criminosos até o local. “Há uma grande probabilidade de que os mortos fossem rivais e não do mesmo lado. Trabalhamos muito com a possibilidade de um confronto com mortos dos dois lados”, avaliou.

A titular da DPHPP observou que foram apreendidos dois revólveres calibres 38 na área e recolhidos ainda 11 cartuchos e estojos de ambas as armas, que estão sendo agora enviadas ao Instituto-Geral de Perícias. “Um dos mortos foi identificado. No sistema ele consta como em prisão domiciliar”, ressaltou a delegada Caroline Jacobs. De acordo com ela, o local do crime “era um breu” em consequência do temporal que afetou a rede de energia elétrica.