Polícia prende dez e desarticula quadrilha de roubo e desmanche de carros

Polícia prende dez e desarticula quadrilha de roubo e desmanche de carros

Ação foi deflagrada em Porto Alegre, Sapiranga e Taquara

Correio do Povo

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Uma quadrilha especializada no roubo e desmanche de veículos, responsável por quase 100 ataques em seis meses, foi desarticulada na manhã desta sexta-feirana operação Big Brother realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil. Dez criminosos, incluindo a líder da organização criminosa, foram presos na ação deflagrada em Porto Alegre, Alvorada, Sapiranga e Taquara. Em torno de 80 agentes cumpriram 17 mandados de prisão e outros 22 mandados de busca e apreensão. Houve a apreensão de quatro veículos, duas armas, munição, carregadores, radiocomunicadores e documentos automotivos, além de R$ 3 mil em dinheiro, celulares e autopeças de origem ilícita. Entre os presos estão assaltantes, receptadores e mecânicos.

A operação foi coordenada pelo delegado Luciano Peringer, da Delegacia de Roubos de Veículos do Deic. De acordo com ele, o alvo principal foram três lojas de autopeças usadas nas avenidas Sertório e Baltazar de Oliveira Garcia, em Porto Alegre. Duas delas são de propriedade da líder da quadrilha e de seu companheiro, que cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). No meio das lojas funcionava um “brete”, onde os carros acabavam sendo desmontados. Para driblar os olheiros postados nas esquinas, os agentes surpreenderam os criminosos pelos fundos dos estabelecimentos, flagrando inclusive o desmanche de um veículo em um dos locais.

O delegado calculou que até quatro veículos eram roubados por dia pela quadrilha, que agia sobretudo nos bairros Petrópolis e Menino Deus, além da zona Norte da Capital. Os carros eram roubados sob encomenda e, depois de desmanchados, as peças seguiam em pacotes por via postal ou através de transportadoras sobretudo aos donos de comércio de peças usadas no interior do RS.

Durante as investigações, iniciadas em março, os agentes prenderam outros nove integrantes do bando e recolheram dezenas de peças e veículos, além de bloqueadores de rastreadores, sem que fosse comprometido trabalho policial. Três lojas também foram fechadas ao longo do trabalho investigativo. As peças com identificação terminavam enterradas em um lixão na região do Porto Seco, Já no repasse das peças aproveitáveis, as mais valiosas, como airbag e sistema multimídia do carro, aumentavam o lucro da organização criminosa.

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