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Polícia descobre dois postos no ABC Paulista suspeitos de fornecer metanol para bebidas

Mortes por intoxicação pela substância no Brasil subiram de cinco para oito

Operação mira intoxicação por metanol
Operação mira intoxicação por metanol Foto : Marcello Casal Jr/Agência Brasil/CP

A Polícia Civil do Estado de São Paulo descobriu dois postos de combustíveis suspeito de fornecer etanol adulterado com metanol utilizado para falsificar e adulterar bebidas alcoólicas em São Paulo.

A descoberta foi feita em operação nesta sexta-feira, 17. Os postos estão localizados em Santo André e São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A ação é um desdobramento da operação realizada na semana passada, que desmantelou uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo.

Na ocasião, Vanessa Maria da Silva foi apontada como responsável pela fábrica clandestina e presa em flagrante. As investigações mostram que parte do núcleo familiar de Vanessa - cunhado, marido e pai - também participavam do esquema criminoso.

"A principal hipótese é que a bebida adulterada saiu da fábrica da Vanessa", diz Artur Dian, delegado-geral. Dois homens, de 54 e 46 anos, morreram após o consumo de bebida adulterada em um bar na Mooca, zona leste de São Paulo.

"A Polícia Civil acredita que todos os casos estão relacionados ao mesmo grupo criminoso", acrescentou a pasta. Durante as buscas realizadas nesta sexta, foi apreendido, inclusive, o celular do homem que fornecia os vasilhames usados na falsificação.

"Os investigadores também identificaram o fornecedor da bebida consumida por uma das vítimas", disse a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).

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Intoxicação por metanol

O número de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu de 32 na segunda-feira, 13, para 41 na quarta-feira, 15, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde. As mortes por intoxicação pela substância no País subiram de cinco para oito, informou o boletim. Duas novas mortes foram registradas em Pernambuco e uma em São Paulo. Com isso, o Estado paulista chegou a seis óbitos por intoxicação por metanol.