Policiais militares voltam a entrar na Penitenciária de Alcaçuz
Eles vão revistar celas, recontar os detentos e garantir segurança para as equipes que estão construindo o muro
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De acordo com a secretaria, os policiais militares entraram na unidade por volta das 10h, sem nenhuma resistência de presos – ainda que muitos detentos continuem espalhados pelo pátio da unidade. Homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Tropa de Choque da PM se dirigiram para os pavilhões 1, 2 e 3, enquanto o efetivo do Grupo de Operações Especiais (GOE) atua na contenção dos pavilhões 4 e 5.
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A Penitenciária de Alcaçuz vive uma guerra entre duas facções desde o dia 14 de janeiro, quando pelo menos 26 presos foram assassinados brutalmente e boa parte da penitenciária passou a ser controlada pelos detentos. Agora, o plano das autoridades de segurança pública é manter homens das três tropas especiais no interior do estabelecimento até pelo menos a conclusão da instalação dos seis últimos contêineres, antes de iniciar a construção do muro definitivo, de concreto, que separará a área interna da penitenciária.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social, o muro definitivo deverá ficar pronto em pouco mais de 15 dias. As placas pré-moldadas já foram encomendadas e, segundo o fabricante, devem ser entregues em cerca de dez dias. A instalação deve demorar mais dois ou três dias se não houver nenhum impedimento.
Ainda de acordo com assessores da secretaria, a revista que os policiais militares estão realizando nas celas e dependências da unidade não contam com o apoio das Forças Armadas, apesar de o Rio Grande do Norte ter sido um dos primeiros estados a pedir ao governo federal a presença das equipes de militares das Forças Armadas que o Ministério da Defesa criou especialmente para ajudar os estados que solicitarem a inspeção de estabelecimentos penais em busca de armas, drogas e celulares. As Forças Armadas, no entanto, estão no estado, atuando na segurança nas ruas da capital, Natal, onde, na semana passada, foi registrada uma série de ataques criminosos a ônibus, delegacias e outros prédios públicos.