Presídio Feminino de Lajeado completa um ano com elogios

Presídio Feminino de Lajeado completa um ano com elogios

Estabelecimento conta com 28 detentas com idades entre 22 a 45 anos

Franceli Stefani

Presídio Feminino de Lajeado completa um ano com elogios

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“Tive passagem por vários presídios e aqui é completamente diferente. É digno. A gente consegue mudar, até para não errar novamente lá fora. Sonho em sair de cabeça erguida, conseguir uma oportunidade e seguir com dignidade.” Na contramão da realidade da maioria das penitenciárias do Rio Grande do Sul, a fala de uma apenada de 41 anos é o resumo do trabalho diferenciado feito pela equipe gestora do Presídio Estadual Feminino de Lajeado. O estabelecimento, que recebeu as primeiras ocupantes em 9 de janeiro de 2017, completou um ano com 28 presas.

O diretor do fórum de Lajeado, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, disse que o resultado é altamente satisfatório e a ideia é seguir com foco no trabalho já desenvolvido. “Durante esse período mais de 100 mulheres já passaram por ele. Muitas saíram com a conclusão do ensino médio ou fundamental. Isso é fantástico. Temos, inclusive, algumas que vão ingressar no curso superior”, expressou. 

Johnson faz um balanço altamente positivo. “Atendemos 17 municípios e não temos problemas de não atendimento da demanda do Vale do Taquari. A proposta da casa prisional é a de ressocializar.” O magistrado lembrou que já no segundo mês de funcionamento a Secretaria de Educação, através da terceira coordenadoria, implantou a chamada Escola da Liberdade. No local ocorrem também cursos de corte de cabelo, manicure e maquiagem. Há ainda a escola de dança, que está sendo desenvolvida.

Ao elogiar o comportamento das apenadas, o juiz disse que até agora não houve nenhum caso de indisciplina. “A maioria delas cumpre pena por tráfico. O presídio, conservado por elas, tem cheiro de limpeza e perfume. Há quadros, flores as celas são asseadas. É um capricho espetacular.”

Erguido numa parceria da comunidade com o poder público foram investidos R$ 900 mil. “Ele foi construído com mão de obra prisional. O trabalho foi gerenciado pela Associação Lajeadense Pró-Segurança Público e o Conselho da Comunidade. Foi uma ampla mobilização de entidade, pessoa física, comércio, indústria”, detalhou o juiz. As ocupantes da penitenciária têm de 22 a 45 anos.

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