Presas quatro pessoas em operação Leite Compen$ado

Presas quatro pessoas em operação Leite Compen$ado

Funcionárias de laboratório teriam mascarado resultados de laudos

Correio do Povo

Funcionárias de laboratório teriam mascarado resultados de laudos

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* Com informações de José Ody

Foram cumpridos na manhã desta quinta-feira quatro mandados de prisão preventiva contra funcionárias do laboratório do posto de resfriamento Rempel & Coghetto Ltda. de Jacutinga, no Alto Uruguai. Conforme as investigações da operação Leite Compen$ado, elas eram responsáveis por mascarar os resultados de laudos e, inclusive, incentivaram os motoristas a adicionarem água nos compartimentos em quantidade que não aparecesse nos testes realizados por elas. As quatro laboratoristas foram encaminhadas ao Presídio de Erechim, no Norte do Estado.

As prisões foram anunciadas pelo promotor de Justiça Especializada Criminal, Mauro Rockenbach e de Defesa do Consumidor de Porto Alegre, Alcindo Luz Bastos da Silva. De acordo com o promotor Rockenbach, a operação ainda “não pode ser dada como finalizada”, sem entrar em maiores detalhes.

O pedido das prisões foi resultado dos depoimentos que os promotores juntaram nos últimos dias. Eles foram reforçados por suspeitas de que outras laboratoristas do mesmo posto de resfriamento estariam mascarando os resultados no leite. O promotor Rockenbach acredita que nesta sexta-feira poderá entregar a denúncia ao Judiciário de Gaurama, apresentando um resumo da acusação da operação.

Ainda conforme o promotor, a sétima fase da operação Leite Compensado já é “a maior no cenário fraudulento criminoso” do leite no Estado, especialmente considerando o número de prisões efetivadas, além de contar com a maior participação de pessoas: desde transportadoresa até produtores de leite. O promotor citou ainda que neste operação também foi flagrada pela primeira vez o envolvimento de laboratoristas aprovando leite fraudado ou de má qualidade.

Outras 17 pessoas foram presas na quarta-feira da semana passada, quando foi deflagrada a sétima fase da operação. A ação desbaratou uma associação criminosa que fraudava leite a partir da adição de água com sal. A fraude era realizada na etapa de produção ou no transporte, e o produto adulterado era recebido pelos postos de resfriamento Rempel e Cotrel (Cooperativa Tritícola Erechim Ltda).

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