Preso quarto investigado por incêndio em clínica de Arroio dos Ratos
Proprietário e gerente seguem foragidos
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Agentes da polícia o encontraram no Hospital Cristo Redentor, zona Norte da Capital. O delegado Pedro Urdagarin desconfia que ele tenha utilizado nome falso para ingressar na instituição de saúde. Ele está detido, mas ainda não depôs por estar impossibilitado de falar devido a graves queimaduras.
Ainda estão foragidos, o proprietário da clínica e o gerente. O diretor administrativo e outros cinco envolvidos tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira. Três funcionários foram presos no mesmo dia em que a ocorrência foi registrada e estão detidos no Presídio Estadual de São Jerônimo.
Os seis devem ser responsabilizados por homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar — agravado por situação de cárcere privado e omissão de socorro. A juíza Rosangela Carvalho Menezes, da 1ª Vara Judicial de São Jerônimo, ratificou o entendimento do delegado sobre o espaço fechado a grades e cadeado, onde os sete internos morreram. Conforme a decisão, mesmo em caso de internação compulsória para tratamento, a privação da liberdade é inadmissível.
O resultado da perícia, esperado para daqui a 10 a 15 dias, deve confirmar as causas do início das chamas. A suspeita é de que os próprios internos tenham provocado o incêndio, por acidente ou de forma voluntária, na tentativa de fugir. Três pacientes feridos permanecem internos em Porto Alegre, sendo dois em estado grave.