Preso suspeito de liderar quadrilha de ataque a bancos no RS

Preso suspeito de liderar quadrilha de ataque a bancos no RS

Homem de 33 anos era integrante do grupo de Seco e já foi condenado a mais de 40 anos de prisão

Correio do Povo

Documentos com trajeto de carros fortes que seriam assaltados foram recolhidos com o suspeito

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Em ação conjunta da Polícia Federal e da Brigada Militar foi preso o suspeito de ser o mandante da quadrilha responsável por diversos ataques a bancos com uso de explosivos nos últimos meses no Rio Grande do Sul. Sérgio Rudinei Bauerman, conhecido como Da Nota, de 33 anos, foi detido na Travessa Marino, no bairro Parque Itacolomi, na parada 79 de Gravataí, região Metropolitana.

A investigação apurou que ele residia no local há três meses e os agentes o capturaram quando saía do local na manhã desta quarta-feira. No imóvel foram apreendidos uma pistola 9 mm, um colete à prova de balas, um radiocomunicador, celulares e uma caminhonete Tucson.

Conforme a polícia, Bauerman estaria envolvidos nos assaltos aos bancos Caixa Econômica Federal, em Feliz; Banco do Brasil de São Francisco de Paula, além de Torres e Nova Bassano, ocorridos entre julho e setembro deste ano.

O suspeito era integrante do grupo criminoso liderado por José Carlos dos Santos, o Seco, que atacava carros-fortes e instituições bancárias. A última ação atribuída a ele foi o assalto milionário contra a Proforte, de Santa Cruz do Sul, que resultou na morte de um capitão da BM, dois dias antes de sua captura. O dinheiro levado foi estimado em mais de R$ 3 milhões. Seco cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) por quatro tentativas de homicídio, porte de arma, receptação de veículo roubado e por uso de placa clonada.

Em 2008, Bauerman foi condenado pelos crimes de latrocínio tentado, formação de quadrilha e roubos. Desde abril deste ano ele estava foragido da Colônia Penal de Venâncio Aires, onde cumpriu pena.

A denúncia do Ministério Público relata que os assaltos a carros-fortes ocorriam em geral em rodovias e, durante o crime, alguns dos integrantes do grupo agiam com violência e ameaça contra os guarda-valores. Eles utilizavam armas pesadas de uso restrito ou proibido, como fuzis, metralhadoras e explosivos. Parte do armamento provinha de contrabando oriundo dos países que fazem fronteira com o Estado, em especial com Uruguaiana, de acordo com o MP.

Nessa terça-feira, a polícia prendeu 16 pessoas e desarticulou outra quadrilha que usava explosivos em ataques a bancos no Estado. O grupo tinha como base a cidade de Sapucaia do Sul e é suspeito do roubo ao banco Itaú da avenida Getúlio Vargas em Canoas, no dia 13 de março. O mesmo grupo é suspeito do assalto ao mercado Acadrole, também em Canoas, em 18 de março em Canoas.

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