Presos rebelados em micro-ônibus vão para Charqueadas

Aos gritos e ameaças contra policiais militares, civis e imprensa, o grupo de seis presos protestava contra as condições em que encontravam-se em razão da longa permanência no interior do micro-ônibus. Quem estava na cela da carceragem da 2ª DPPA, que fica no local, somou-se à rebelião e provocou um princípio de incêndio, com papelões, cujo fogo podia ser visto através de uma janela. A situação era de extrema tensão e havia o risco inclusive de alguma tentativa de fuga apesar de estarem algemados. Mais de 15 policiais militares do 9º BPM foram mobilizados, mas a presença do efetivo não intimidou os presos que recrudesceram ainda mais a depredação com muita gritaria, xingamentos e palavrões, além de barulho.

Oficial de dia, o capitão Marcelo Nogueira da Silva coordenou a ação da BM. Para acabar em definitivo com a rebelião, a tropa de choque do 1º Batalhão de Operações Especiais, com trajes e equipamentos anti-distúrbios, foi enviada ao Palácio da Polícia, sendo ocupada posições estratégicas. Por medida de segurança, a imprensa teve de recuar do local. Os policiais militares retiraram então um a um todos os seis amotinados do micro-ônibus depredado. Eles foram colocados separados em viaturas da BM. O 1º Batalhão de Bombeiros Militar foi também acionado durante o tumulto. O micro-ônibus permaneceu isolado para a perícia do Departamento de Criminalística. Após, o veículo foi retirado pela BM.

Veja abaixo vídeos da manhã tensa no Palácio da Polícia