Promotor do Caso Eliseu diz que depoimentos reforçam tese de crime encomendado

Promotor do Caso Eliseu diz que depoimentos reforçam tese de crime encomendado

Vereador Maurício Dziedricki estava entre os questionados na sessão da noite desta sexta

Bernardo Bercht / Correio do Povo

publicidade

Após ouvir uma série de depoimentos sobre o Caso Eliseu Santos, entre eles o do vereador Maurício Dziedricki (PTB), o promotor Eugênio Paes Amorim afirmou no fim da noite desta sexta-feira que a tese de homicídio encomendado está cada vez mais fortalecida, em substituição à tese de latrocínio. "A prova está se encorpando, e estão ficando bem desenhadas as ameaças que o secretário sofria, e os tipos de interesses que existiam em sua eliminação", explicou Amorim.

Conforme o promotor, no entanto, ainda é preciso ouvir as testemunhas de defesa para fazer qualquer julgamento que defina o caso. "Buscamos ficar o mais isentos neste momento, pois só vai ser formado um raciocinio definitivo no dia do julgamento", destacou.

Amorim relatou que o vereador Dziedricki foi muito claro em seus argumentos e que não há qualquer elemento que comprove sua participação. "Ele explicou bem as situações em que esteve indiretamente envolvido", informou o promotor. Segundo ele, além do vereador foram questionados servidores da Secretaria da Saúde, um representante do sindicato das empresas de vigilância e outros funcionários de partes interessadas no caso de corrupção.

Eliseu Santos, 63 anos, foi assassinado no dia 26 de fevereiro deste ano, no bairro Floresta, em Porto Alegre. Conforme o Ministério Público, o ex-secretário foi morto por tentar acabar com um esquema criminoso de pagamento de propina na Secretaria Municipal da Saúde. A empresa Reação, que fazia segurança em postos de saúde, estaria envolvida nas irregularidades.


Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895