Quem é o líder da facção alvo de ofensiva por ataques a moradores na zona Sul de Porto Alegre

Quem é o líder da facção alvo de ofensiva por ataques a moradores na zona Sul de Porto Alegre

Traficante conhecido como Sapo foi um dos 66 alvos da Operação Per La Madre

Marcel Horowitz

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O alvo da Operação Per La Madre, desencadeada nesta terça-feira pela Polícia Civil, é uma facção originada no bairro Bom Jesus, na zona Leste, mas que também criou ramificações na zona Sul. Segundo a corporação, o grupo é responsável por uma série de ataques contra moradores – que não tinham relação com o tráfico de drogas – no Bairro Cascata. Entre as vítimas dos atentados estão os irmãos Marina Maciel dos Santos, de 16 anos, e João Francisco Maciel dos Santos, de 14, mortos em abril, além do menino Eliezer Samuel Lucas, 12, assassinado em setembro do ano passado.

De acordo com a corporação, os traficantes responsáveis pelos ataques disputam pontos de tráfico com outra facção, essa com base na Vila 27, localizada na Vila Cruzeiro do Sul. Os mandantes dos atentados, no entanto, estão dentro do sistema prisional. Eles recebiam filmagens, feitas através de celulares, de pontos no Bairro Cascata e a partir de então, planejavam e decidiam quando, onde e como os ataques ocorreriam. 

No grupo que engloba os 66 alvos da operação deflagrada nessa manhã, estão incluídos detentos da Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul e da Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos. Esses criminosos, contudo, atuariam como gerentes da facção, e não como líderes. 

O comandante do esquema é um criminoso conhecido como Sapo. Ele foi alvo de uma ordem de prisão preventiva, mesmo já cumprindo pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

Sapo é tido como um dos membros mais antigos da facção, atuando no grupo desde 2007. Em setembro do ano passado, ele chegou a ser enviado para o Sistema Penitenciário Federal, mas retornou ao Rio Grande do Sul no início do ano.

Com extensa ficha criminal, Sapo responde por nove homicídios, além de tráfico de drogas, associação ao tráfico, organização criminosa, entre outros.

Ele começou a cumprir a pena em regime fechado na Penitenciária Estadual do Jacuí, em 2012, de onde coordenava a distribuição de drogas para a facção. Após uma passagem pela Pasc, progrediu para o semiaberto, em outubro de 2013, com o direito a cumprir prisão domiciliar.

Foi levado novamente, em maio de 2014, para o então Presídio Central, e permaneceu controlando o tráfico de drogas, antes de ser enviado para o sistema federal e retornar para a Pasc.


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