Réus são condenados a quase 100 anos de prisão por assaltos a bancos com morte de gerente em Ibiraiaras
Acusados pelo MPRS são condenados por assaltar bancos e matar gerente em a penas de até 99 anos de prisão
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Após três dias de julgamento, encerrado na madrugada deste sábado, foram condenados três réus, acusados de envolvimento em assaltos simultâneos às agências do Banco do Brasil e Banrisul no município de Ibiraiaras, Nordeste do Estado. Os fatos resultaram na morte de um dos gerentes do Banco do Brasil, um dos cinco reféns levados no porta-malas dos veículos dos assaltantes após a fuga. Durante os roubos, os acusados formaram um cordão humano com os clientes e funcionários dos bancos, com a intenção de evitar a atuação policial.
Dois deles foram condenados a mais de em 99 anos de reclusão, e outro a 65 anos e 15 dias. O trio está preso desde dezembro de 2018, quando ocorreram os assaltos.
O júri, realizado na Comarca de Lagoa Vermelha desde a quarta-feira (4/12), foi presidido pelo Juiz de Direito Fabiano Zolet Baú, que leu a sentença por volta das 02h10min deste sábado. Foram ouvidas em plenário 18 vítimas, mais cinco testemunhas e os três réus. Atuaram o Promotor de Justiça Henrique Rech Neto e os Advogados Felipe Arnoldo de Oliveira, Andrea Caon Reolão Stobbem, Anderson Maurício de Jesus Silva, Rogério da Silva Barcelos e Daniel Lopes de Souza.
Além do crime de latrocínio contra o funcionário e dos delitos de roubo, eles responderam ao processo criminal por tentativas de homicídio, porte de armas e munições (de uso permitido, de uso restrito e com supressão de marca), posse de artefatos explosivos, receptação de veículos e de coletes balísticos, disparo de arma de fogo, dano e organização criminosa armada.
O fato
Segundo a denúncia, os réus planejaram, juntamente com outros indivíduos, divididos em grupos, os assaltos simultâneos às agências na região central de Ibiraiaras, ocorridos em 3 de dezembro de 2018. Antes dos roubos, tiveram acesso a armas de fogo e artefatos explosivos.
Dois deles estiveram nas agências, enquanto outro ficou encarregado de aguardar em ponto pré-estabelecido para o transporte do material roubado. Durante os assaltos, além de formarem o cordão humano, os homens agrediram um funcionário do Banco do Brasil e derramaram gasolina sobre ele, sob ameaça, para que abrisse o cofre do banco. Além disso, quebraram celulares e subtraíram bens de clientes.
Houve disparos de arma de fogo durante os assaltos e na fuga. Ao saírem dos locais, fugiram levando reféns, três gerentes de banco e dois clientes. No transporte dos objetos roubados, entraram em confronto com a polícia. Durante o confronto, parte dos envolvidos foi morta em uma mata, local para onde fugiram.