Redes sociais de PM acusado de matar Leandro Lo em SP são reativadas e família se revolta

Redes sociais de PM acusado de matar Leandro Lo em SP são reativadas e família se revolta

Internautas manifestam repúdio pelo agente Henrique Velozo, que tirou a vida do lutador com um disparo durante show no clube Sírio

R7

Henrique Velozo foi encaminhado ao presídio Romão Gomes, em SP

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A conta do Instagram do policial militar Henrique Velozo, preso desde a segunda-feira da semana passada, acusado de matar o campeão mundial de jiu-jtisu Leandro Lo, de 33 anos, foi reativada. O disparo contra a cabeça do lutador ocorreu no último dia 7 durante uma briga em um show no Esporte Clube Sírio, no bairro Planalto Paulista, zona sul de São Paulo.

A família e amigos de Lo se revoltaram ao saber da reativação da rede social do acusado e marcaram um protesto para esta segunda-feira, às 20h, em frente ao presídio Romão Gomes, na zona norte, onde o PM está preso. "Esse safado está preso ou não? O cara ativou o Instagram na colônia de férias", ironizou o professor de jiu-jitsu Bruno Vieira Viana. A irmã de Leandro, Amanda Lo, e a mãe, Fátima, revoltadas, publicaram o anúncio do protesto nas redes sociais.

Segundo o lutador de jiu-jitsu e amigo de Leandro, William Carmona, a manifestação deverá ser pacífica. Ele pede que os participantes não utilizem palavras de baixo calão, que não tenha violência e que os manifestantes não hajam contra a polícia. Para Carmona, o perfil do PM Velozo foi ativado de propósito para "criar um clima de animosidade".

A reativação do perfil do agente gerou comentários dos internautas sobre as fotos publicadas por ele. "Você não é policial, é um moleque", opinou Caio Lira. "Homicida vestido de policial", escreveu Lucas Silva. Outros comentários como "covarde", "assassino" e "medíocre" também aparecem entre as publicações de Henrique Velozo.

Relembre o caso

O campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Pereira do Nascimento Lo foi baleado na cabeça na madrugada do último dia 7 após uma briga com o PM Henrique Velozo em show. O lutador chegou a ser socorrido, mas teve morte cerebral anunciada momentos depois.

Segundo testemunhas, o agente foi à mesa de Lo após uma discussão. O policial teria pegado uma garrafa, enquanto o lutador se levantou, tirou o objeto da mão dele e, num golpe de luta, o derrubou e o imobilizou.

Nesse momento, colegas da vítima separaram os dois e tentaram encerrar a briga. O agente, minutos depois, deu uma volta na mesa e, diante do lutador, sacou uma arma e efetuou o disparo, que atingiu a região frontal da cabeça da vítima.

Henrique Velozo se apresentou à Corregedoria da corporação no início da noite do domingo e foi levado à delegacia para prestar depoimento. Em audiência de custódia realizada na segunda-feira, no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, a Justiça manteve a prisão temporária do homem.


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